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11 de novembro de 2012

Wiccaning, Handfasting e Requiem



Ritual de bruxaria correspondente ao batismo cristão

"Os cristãos, quando batizam seus filhos, o fazem em geral com a intenção de compromissá-los com o cristianismo, de preferência perpetuamente - e ao próprio ramo particular de cristianismo dos pais. Espera-se via de regra que os filhos endossarão tal compromisso, ratificando-o quando tiverem idade suficiente para aquiescer conscientemente (embora sem maturidade para discernir). Para sermos justos, esses pais - quando não estão meramente acatando uma convenção social - amiúde assim agem porque sinceramente acreditam que isso é essencial para a segurança das almas de seus filhos. Foram ensinados a crer nisso e freqüentemente mediante o medo.
Essa crença segundo a qual existe apenas um tipo de ingresso para o céu e que um bebê precisa recebê-lo com toda a rapidez para sua própria segurança é, evidentemente, estranha a Wicca. A crença de bruxas e bruxos na reencarnação a nega em todos os casos. Mas, independentemente disto, feiticeiras e feiticeiros sustentam o ponto de vista que era virtualmente universal antes da era do monoteísmo patriarcal, a saber, que todas as religiões são diferentes sendas de expressão das mesmas verdades e que a validade delas para qualquer indivíduo depende da natureza e das necessidades deste.
Uma cerimônia Wiccaning para a criança de uma família de bruxos não compromete, portanto, a criança com nenhuma senda em particular, mesmo uma pertencente a Wicca. É similar a um batizado no sentido em que invoca a proteção divina para a criança e ritualmente afirma o amor e o cuidado com os quais a família e os amigos desejam cercar o recém-chegado. Difere de um batizado no fato de especificamente reconhecer que, à medida que a criança se transforma num adulto, decidirá, e realmente terá que decidir, sobre sua própria senda.
Wicca é, acima de tudo, uma RELIGIÃO NATURAL - de modo que pais-bruxos tentarão naturalmente comunicar a seus filhos a alegria e realização que sua religião lhes proporciona, a família toda partilhando inevitavelmente do modo de vida vinculado a essa religião. Partilhar é uma coisa, impor ou ditar é outra, e longe de assegurar a "salvação" de uma criança, pode muito bem retardá-la - isto se, tal como as feiticeiras, você encarar a salvação não como uma espécie de transação instantânea, mas como um desenvolvimento ao longo de muitas existências
Compomos nosso ritual de Wiccaning dentro desse espírito e achamos que a maioria das bruxas e bruxos concordarão com tal postura.
Sabíamos que a idéia de Ter padrinhos - amigos adultos que manterão um interesse pessoal no desenvolvimento da criança - era uma idéia justificadamente popular e sentimos que uma cerimônia de Wiccaning deveria adotá-la também. A princípio chamamos esses amigos adultos de "Patrocinadores", a fim de evitar uma confusão com respeito à prática cristã. Mas reconsiderando o assunto posteriormente, percebemos que "patrocinador era uma palavra fria e que não havia motivo algum para que "padrinho" e "madrinha" (desde que god abarcasse goddess/ Padrinho em inglês é GODfather e madrinha GODmother) não servissem a bruxas e bruxos tanto como servem os cristãos. Afinal de contas, consideradas as diferenças de crença (e Deus sabe quanto os cristãos diferem entre si), inclusive a diferença de postura que já mencionamos, a função é a mesma.
Os padrinhos não têm de ser eles mesmos necessariamente bruxos, o que cabe aos pais decidir. Mas precisam, ao menos, simpatizar com a intenção do ritual e tê-lo lido integralmente de antemão, para assegurar que possam fazer as necessárias promessas com toda sinceridade (o mesmo se aplica, afinal, a bruxos e bruxas convidados por amigos cristãos para serem padrinhos num batismo cristão).
Se a Grã Sacerdotisa e/ou o Grão Sacerdote se prestam eles próprios a serem padrinhos, farão as promessas um ao outro nos momentos apropriados, durante o ritual.
PREPARAÇÃO
Se os membros do coven normalmente atuarem despidos, a decisão se assim participarão do ritual ou se farão vestidos caberá aos pais da criança. Num caso ou noutro, a Grã Sacerdotisa usará símbolos da Lua, e o Grã Sacerdote símbolos do Sol.
O círculo é marcado com flores e folhas verdes e o caldeirão colocado no centro, preenchido com as mesmas flores e folhas e talvez também de frutos. Coloca-se à disposição, no altar, óleo de consagração. Somente incenso leve deve ser usado - preferivelmente sob forma de bastão. Os presentes para a criança são postos ao lado do altar, bem como o alimento e as bebidas para uma pequena festa no círculo, depois do ritual.
Os pais devem escolher antecipadamente um "nome oculto" para a criança (isto é, em grade parte, para o próprio benefício da criança; crescendo numa família de bruxos, ele ou ela quase certamente apreciará ter um nome de bruxo ou bruxa particular tal como têm mamãe e papai - e se não for o caso, poderá ser discretamente esquecido até que e a menos que seu detentor queira usá-lo novamente).


O RITUAL PARA UMA MENINA


O Ritual de Abertura é realizado normalmente até o fim da invocação do "Grande Deus Cernunnos", exceto pelo fato de que todos, inclusive os pais e a criança, se colocam no círculo antes do traçado, sentamos num semicírculo próximos do caldeirão e olhando para o altar - cedendo lugar à Grã Sacerdotisa, para que esta trace o círculo em torno deles. Somente a Grã Sacerdotisa e o Grão Sacerdote ficam em pé para conduzir o Ritual de Abertura.
Para reduzir movimento excessivo, que poderia amedrontar a criança, a Grã Sacerdotisa traça o círculo com seu athame, e não com a espada, e ninguém se move com ela, ou imita seus gestos quando ela invoca os Senhores das Atalaias. Ela e o Grão Sacerdote carregam os elementos em torno.
Após a invocação do Grande Cernunnos, a Grã Sacerdotisa e o Grão Sacerdote consagram o vinho. Não o experimental, mas colocam o cálice no altar.
O Grão Sacerdote, em seguida, posta-se diante do altar, encarando o caldeirão. A Grã Sacerdotisa fica pronta para entregar-lhe o óleo, o vinho e a água.
O Grão Sacerdote diz:
"ESTAMOS REUNIDOS NESTE CÍRCULO PARA PEDIR A BENÇÃO DO PODEROSO DEUS E DA GENTIL DEUSA PARA .....(NOME DA MENINA), A FILHA DE .................. E .................., DE MODO QUE ELA POSSA CRESCER EM BELEZA E FORÇA, EM ALEGRIA E SABEDORIA. HÁ MUITAS SENDAS, E CADA UM TEM DE ENCONTRAR A SUA, E PORTANDO NÃO BUSCAMOS LIGAR ..........(NOME DA MENINA) À NENHUMA SENDA, ENQUANTO ELA É AINDA DEMASIADAMENTE JOVEM PARA ESCOLHER.
PREFERIMOS PEDIR AO DEUS E A DEUSA, QUE CONHECEM TODAS AS SENDA E AOS QUAIS TODAS AS SENDA CONDUZEM, PARA ABENÇOÁ-LA, PROTEGÊ-LA E PREPARÁ-LA AO LONGO DOS ANOS DE SUA INFÃNCIA, DE SORTE QUE, QUANDO FINALMENTE FOR VERDADEIRAMENTE ADULTA, SAIBA ELA SEM ALIMENTAR DÚVIDAS OU MEDO QUAL SUA SENDA E PASSE A TRILHÁ-LA COM CONTENTAMENTO.
....................., MÃE DE ............(NOME DA MENINA), ADIANTA-SE COM ELA PARA QUE POSSA SER ABENÇOADA.
O pai ajuda a mãe a se levantar e ambos levam a criança ao Grão Sacerdote, que a toma em seus braços. Ele pergunta:
....................., MÃE DE ............(NOME DA MENINA),POSSUI ESTA TUA CRIANÇA TAMBÉM UM NOME OCULTO?
A mãe responde:
SEU NOME OCULTO É .....................
O Grão Sacerdote, então, unta a criança na testa com óleo, fazendo a marca de um pentagrama e dizendo:
EU UNTO A TI, ............(DIZER O NOME COMUM), COM ÓLEO E TE DOU O NOME OCULTO DE .......................
Ele repete a ação com o vinho, dizendo:
EU UNTO A TI, .............(DIZER NOME OCULTO), COM VINHO EM NOME DO PODEROSO DEUS CERNUNNOS.
Repete a ação com a água dizendo:
EU UNTO A TI, ..............(DIZER NOME OCULTO), COM ÁGUA EM NOME DA GENTIL DEUSA ARADIA.
O Grão Sacerdote devolve a criança à sua mãe e, então conduz os pais e a criança a cada uma das atalaias, dizendo:
VÓS SENHORES DAS ATALAIAS LESTE (SUL, OESTE, NORTE), COM EFEITO APRESENTAMOS A VÓS .....................(NOME COMUM), CUJO NOME OCULTO É ........................(DIZER NOME OCULTO) E QUE FOI DEVIDAMENTE UNGIDA DENTRO DO CÍRCULO DE WICCA. ESCUTAI, PORTANTO, QUE ELA SE ACHA SOB A PROTEÇÃO DE CERNUNNOS E ARADIA.
O Grão Sacerdote e a Grã Sacerdotisa tomam seus lugares voltados para o altar, com os pais e a criança entre eles. Erguem seus braços e invocam cada um por sua vez:
Grão Sacerdote:
PODEROSO CERNUNNOS, CONCEDE A ESTA CRIANÇA O DOM DA FORÇA;
Grã Sacerdotisa:
GENTIL ARADIA, CONCEDE A ESTA CRIANÇA O DOM DA BELEZA
Grão Sacerdote:
PODEROSO CERNUNNOS, CONCEDE A ESTA CRIANÇA O DOM DA SABEDORIA
Grã Sacerdotisa:
GENTIL ARADIA, CONCEDE A ESTA CRIANÇA O DOM DO AMOR;
O Grão Sacerdote, a Grã Sacerdotisa e os pais se voltam para encarar o centro do círculo, e o Grão Sacerdote então pergunta:
HÁ DUAS PESSOAS NO CÍRCULO QUE SE APRESENTARIAM COMO PADRINHOS DE ......................?
(OBS.: Se o sacerdote e a sacerdotisa estão se apresentando como padrinhos, ele perguntará, em lugar disso,:
HÁ ALGUÉM NO CÌRCULO QUE SE APRESENTARÀ COMIGO, COMO PADRINHOS DE.................?
e a Sacerdotisa responderá:
EU ME JUNTAREI A VÓS.
Em seguida eles olharão um para o outro e trocarão as perguntas e promessas).
Os padrinhos deverão se adiantar e ficar de pé, a madrinha encarando o Sacerdote e o padrinho encarando a Sacerdotisa.
O Sacerdote pergunta para a madrinha:
TU, ............... PROMETES SER UMA AMIGA DE ................... AO LONGO DE SUA INFÂNCIA, NO SENTIDO DE AJUDÁ-LA E GUIÁ-LA DA MANEIRA QUE ELA NECESSITAR; E DE ACORDO COM SEUS PAIS POR ELA ZELAR E AMÁ-LA COMO SE FOSSE DE TEU PRÓPRIO SANQUE ATÉ QUE PELA GRAÇA DE CERNUNNOS E ARADIA ELA ESTEJA PRONTA PARA ESCOLHER SUA PRÓPRIA SENDA?
A madrinha responde:
EU,.............. ASSIM PROMETO.
A Grã Sacerdotisa pergunta ao padrinho:
TU, ............... PROMETES SER UMA AMIGA DE ................... AO LONGO DE SUA INFÂNCIA, NO SENTIDO DE AJUDÁ-LA E GUIÁ-LA DA MANEIRA QUE ELA NECESSITAR; E DE ACORDO COM SEUS PAIS POR ELA ZELAR E AMÁ-LA COMO SE FOSSE DE TEU PRÓPRIO SANQUE ATÉ QUE PELA GRAÇA DE CERNUNNOS E ARADIA ELA ESTEJA PRONTA PARA ESCOLHER SUA PRÓPRIA SENDA?
O padrinho responde:
EU, .............ASSIM PROMETO. O Grão Sacerdote diz:
O DEUS E A DEUSA A ABENÇOARAM; OS SENHORES DAS ATALAIAS A RECONHECERAM; NÓS SEUS AMIGOS LHE DEMOS AS BOAS VINDA; PORTANTO, Ó CÍRCULO DAS ESTRELAS; BRILHA EM PAZ SOBRE ............... CUJO NOME OCULTO É.................. QUE ASSIM SEJA.
Todos dizem:
QUE ASSIM SEJA!
O Grão Sacerdote diz:
QUE TODOS SE SENTEM DENTRO DO CÍRCULO
Todos se sentam, exceto o sacerdote e a sacerdotisa, que experimentam e passam por todos o vinha já consagrado da maneira usual e então consagram e passam a todos os bolos da maneira usual.
A seguir, buscam os presentes, o alimento e as bebidas da festa e se sentam com os outros, daqui em diante passando-se para o informal.



O RITUAL PARA UM MENINO


A diferença básica caso a criança seja um menino é que o Grão Sacerdote e a Grã Sacerdotisa trocam suas funções. Ela realiza o enunciado de abertura e executa a unção, o Grão Sacerdote lhe entrega o óleo, o vinho e a água. Ela representa a criança às atalaias.
A invocação a Deusa e ao Deus por seus dons de força, beleza, sabedoria e amor, entretanto, é feita exatamente como a feita para a menina, e na mesma ordem.
A Grã Sacerdotisa convoca os padrinhos para que se apresentem e toma a promessa do padrinho; o Sacerdote toma então a promessa da madrinha.
A Grã Sacerdotisa pronuncia a bênção final.
Fonte: Oito Sabás para Bruxas
Autores: Janet e Stewart Farrar
Editora: Anúbis



HANDFASTING: O CASAMENTO WICCANO


A cerimônia de casamento apresentada a seguir é um rito de comprometimento de ligação espiritual, não legal. Antes da cerimônia é importante que toda a área onde será realizado o compromisso seja consagrada com sal, água, e qualquer incenso purificador, como o de cedro, líbano, sálvia ou sândalo
Monte o altar e coloque nele tudo que será necessário para a cerimônia:
Duas velas brancas·
Um incensório·
Um prato com sal e terra·
Um sino de latão·
Uma vareta·
Um punhal ou espada cerimonial·
Um cálice com água·
Uma xícara com óleo de rosa para consagração·
Um cristal de quartzo As alianças de casamento·
Duas cordas brancas·
Uma vassoura de palha·
Vinho·
Bolo de Compromisso (veja a receita na seção FAÇA VOCÊ MESMO)·
Supondo que você é uma Alta Sacerdotisa (ou Sacerdote), trace um círculo na sentido horário usando um punhal ou uma espada cerimonial, e após cada convidado ter sido abençoado com saudações e incenso, faça soar o sino do altar para dar início à cerimônia.
O noivo e a noiva devem entrar de mãos dadas no círculo que você confeccionou. Abençoe-os novamente com incenso e saudações e coloque-os de frente para você e o altar (norte), enquanto os convidados para o casamento estarão reunidos em torno do perímetro do círculo, dando-se as mãos para formar uma corrente humana.
De frente para o noivo e para a noiva, levante as suas mãos para o céu e diga:
NESTE SAGRADO CÍRCULO DE LUZ REUNIMO-NOS EM PERFEITO AMOR E PERFEITA VERDADE.
OH DEUSA DO AMOR DIVINO, EU TE PEÇO QUE ABENÇOES ESTE CASAL, O SEU AMOR E SEU CASAMENTO PELO TEMPO EM QUE VIVEREM JUNTOS NO AMOR.
POSSA CADA UM DESFRUTAR DE UMA VIDA SAUDÁVEL, CHEIA DE ALEGRIA, AMOR, ESTABILIDADE E FERTILIDADE.
Segure o prato com sal ou terra diante deles para que os dois coloquem a mão direita sobre o mesmo, enquanto você diz:
ABENÇOADOS SEJAM PELO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO TERRA.
QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM AMOR, TERNURA, FELICIDADE E COMPAIXÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
Coloque novamente o prato sobre o altar. O casal deverá se voltar para o leste. Soe o sino do altar três vezes e então envolva-os com o incenso e diga:
ABENÇOADOS SEJAM PELA FUMAÇA E PELO SINO SÍMBOLOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO AR.
Coloque novamente o incenso no altar. O casal deverá agora se voltar para o sul. Dê a cada um uma vela branca, a qual deverão segurar com a mão direita. Acenda as velas, pegue a vareta do altar e segure-a acima dos dois enquanto diz:
ABENÇOADOS SEJAM PELA VARETA E PELA CHAMA, SÍMBOLOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO FOGO.
QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM HARMONIA, VITALIDADE, CRIATIVIDADE E PAIXÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
Coloque novamente as velas e a vareta no altar. O casal deverá se voltar para o oeste. Tome o cálice com água e salpique algumas gotas sobre a cabeça deles, enquanto diz:
ABENÇOADOS SEJAM PELO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO ÁGUA.
QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA A SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM A AMIZADE, A INTUIÇÃO, O CARINHO E A COMPREENSÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
Coloque o cálice com água novamente no altar. Unte a testa deles com o óleo de rosa e segure o cristal de quartzo sobre eles, como símbolo sagrado do reino espiritual, enquanto diz:
QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM A UNIÃO, HONESTIDADE E CRESCIMENTO ESPIRITUAL PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.
E QUE A MAGIA DO SEU AMOR CONTINUE A CRESCER PELO TEMPO QUE PERMANECEREM JUNTOS NO AMOR, POIS O SEU CASAMENTO É UMA UNIÃO SAGRADA DOS ASPÉCTOS FEMININO E MASCULINO DA DIVINDADE.
Coloque o cristal novamente no altar e consagre as alianças do casamento com uma pitada de sal e gotas de água, enquanto diz:
PELO SAL E PELA ÁGUA EU PURIFICO E LIMPO ESTES BELOS SÍMBOLOS DO AMOR.
QUE TODAS AS VIBRAÇÕES NEGATIVAS, IMPUREZAS E OBSTÁCULOS SEJAM AFASTADOS DAQUI! E QUE PENETRE TUDO O QUE É POSITIVO, TERNO E BOM.
ABENÇOADAS SEJAM ESTAS ALIANÇAS NO NOME DIVINO DA DEUSA. ASSIM SEJA.
O noivo coloca a aliança no dedo da noiva, e ela por sua vez coloca a aliança no dedo dele. Agora podem trocar as promessas que escreveram com suas próprias palavras antes da cerimônia.
Após o casal haver proferido suas promessas de amor, consagre as cordas brancas da mesma maneira que fez com as alianças e então segurando-as lado a lado, faça com que o homem e a mulher segurem uma extremidade e dêem um nó enquanto expressam seu amor um pelo outro. Amarre-as pelo meio e diga:
PELOS NÓS NESTA CORDA SEJA O SEU AMOR UNIDO.
Pegue a corda com os nós e amarre juntas às mãos do noivo e da noiva. Visualize uma luz branca de energia da Deusa e de proteção circundando o casal, enquanto suas auras se unem em uma só e todos os presentes à cerimônia emitem energia, cantando repetidamente com alegria
AMOR! AMOR! AMOR!
Após haver centralizado o poder trazido para os noivos e para o casamento deles, permaneça alguns minutos em silêncio e depois retire a corda das mãos deles, dizendo:
PELO PODER DA DEUSA E DE SEU CONSORTE EU OS DECLARO MARIDO E MULHER PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS. QUE VIVAM JUNTOS NO AMOR. ASSIM SEJA.
Os convidados agora podem aclamar, aplaudir e congratular-se com os recém-casados. Agradeça à Deusa e ao Deus e desfaça o círculo. Coloque a vassoura de palha horizontalmente no chão e faça com que os noivos pulem por cima dela juntos e de mãos dadas.
Termina assim o ritual pagão de compromisso, que deve ser festejado por todos com vinho consagrado e bolo de compromisso, que é tradicionalmente partido com a espada cerimonial do coven. 


REQUIEM...O RITUAL DE MORTE WICCANO


Texto Extraído do livro Oito Sabás para Bruxas, de Janet & Stewart Farrar
PREPARAÇÃO
A decoração do círculo e do altar para um Requiem será, neste caso, uma questão de gosto pessoal, dependendo das circunstâncias, da época do ano e do caráter do amigo que está sendo lembrado, bem como das associações com ele feitas.
Deposita-se ao lado do altar uma pequena tigela de louça (um caneco ou xícara com asa é o mais adequado) com um cordel prateado a ela atado; é preciso dispor também de um martelo para quebrar o pequeno recipiente e um pano para embrulhá-lo.
Para a Lenda da Descida da Deusa deve-se deixar à disposição, próximos do altar, jóias e um véu, bem como uma coroa para o Senhor do Mundo Subterrâneo. Também à disposição sobre o altar deve haver um colar.
O RITUAL
O Ritual de abertura deve ser realizado como sempre até o fim da invocação do Deus Cernunnos. A Grã Sacerdotisa e o Sacerdote, em seguida, encaram os membros do coven de diante do altar.
A sacerdotisa diz:
NÓS NOS REUNIMOS HOJE EM MEIO À TRISTEZA E ALEGRIA. ESTAMOS TRISTES PORQUE UM CAPÍTULO SE ENCERROU E, NO ENTANTO, ESTAMOS JUBIOLOSOS PORQUE, COM O ENCERRAMENTO, UM NOVO CAPÍTULO PODE COMEÇAR.
NÓS NOS REUNIMOS PARA MARCAR O PASSAMENTO DE NOSSA AMADA IRMÃ ..................... PARA QUEM ESTA ENCARNAÇÃO FINDOU. ESTAMOS REUNIDOS PARA CONFIÁ-LA AO ZELO DA BENÇÃO DO DEUS E DA DEUSA, PARA QUE ELA POSSA REPOUSAR, ISENTA DE ILUSÃO OU TRISTEZA ATÉ QUE ADVENHA O TEMPO DE SEU RENASCIMENTO NESTE MUNDO. E SABENDO QUE ISSO SERÁ, SABEMOS TAMBÉM QUE A TRISTEZA NÃO É NADA E QUE O JUBILO É TUDO.
O Sacerdote permanece em seu lugar e a Sacerdotisa conduz o coven numa dança em espiral, lentamente fechando o círculo num sentido anti-horário, mas não o fechando de maneira demasiada.
O Sacerdote diz:
NÓS TE CONVOCAMOS, MÃE SOMBRIA E ESTÉRIL, TU PARA QUE TODA A VIDA MANIFESTA CUMPRE RETORNAR ADVINDO SEU TEMPO; MÃE SOMBRIA DA TRANQUILIDADE E DO REPOUSO, ANTE QUEM OS HOMENS TREMEM PORQUE FALTA-LHES A COMPREENSÃO DE TI. NÓS TE CONVOCAMOS, QUE É TAMBÉM HÉCATE DA LUA MINGUANTE, SENHORA SOMBRIA DA SABEDORIA, QUE OS HOMENS TEMEM PORQUE TUA SABEDORIA SE ELEVA ACIMA DA DELES. NÓS, OS FILHOS OCULTOS DA DEUSA, SABEMOS QUE NADA HÁ A TEMER EM TEU ABRAÇO, DO QUAL NINGUÉM ESCAPA; QUE QUANDO ENTRAMOS EM TUA ESCURIDÃO, COMO DEVEM TODOS, SERÁ COMO ENTRAR NOVAMENTE NA LUZ. ASSIM, COM AMOR E SEM TEMOR, CONFIAMOS A TI ...................... NOSSA IRMÃ. TOMA-A, PROTEGE-A, NORTEIA-A, ADMITA-A À PAZ DE SUMMERLAND, QUE SE ENCONTRAM ENTRE A VIDA E A VIDA. E SABE, COMO SABES TODAS AS COISAS, QUE NOSSO AMOR COM ELA VAI".
O sacerdote apanha a tigela, o cordel, o martelo e o pano. A dança cessa e os membros se afastam a fim de admitir a Sacerdote ao centro da espiral, onde ele deposita o pano sobre o chão e a tigela sobre o pano. Em seguida, a extremidade livre do cordel à Donzela.
A sacerdotisa diz:
SOLTE-SE O CORDEL PRATEADO, OU SE QUEBRE A TIGELA DOURADA, OU SE QUEBRE O CÂNTARO NA FONTE, OU SE QUEBRE NA CISTERNA E ENTÃO O PÓ RETORNARÁ À TERRA COMO ERA, E O ESPÍRITO RETORNARÁ À DEUSA QUE O CONCEDEU.
O sacerdote desata o cordel prateado e a Donzela o colhe. O Sacerdote embrulha então a tigela com o pano e a quebra com o martelo. A seguir recoloca o pano dobrado com os fragmentos da tigela e o martelo ao lado do altar. O Coven retorna, fechando novamente o círculo.
A Donzela carrega o cordel prateado e durante a invocação que se segue, movendo-se em sentido horário em torno do círculo, o oferece primeiramente aos senhores das Atalaias do Oeste (Senhores da Morte e da Iniciação), depois aos Senhores das Atalaias do Leste (senhores do Renascimento). Em seguida, ela deposita o cordel no chão diante da vela do leste e se reúne ao Sacerdote, junto ao altar (movendo-se sempre em sentido horário). Enquanto isso, a Sacerdotisa dirige-se novamente a dança, repetindo o movimento de volta em sentido horário, a fim de desfazer a espiral até que se torne mais uma vez um círculo completo, continuando a se mover em sentido horário.
Logo depois de recolocar o pano e o martelo ao lado do altar, o Sacerdote encara o coven e diz:
NÓS TE CONVOCAMOS, AIMA, MÃE LUMINOSA E FÉRTIL, TU ÉS O ÚTERO DO RENASCIMENTO, DE QUEM TODA VIDA MANIFESTA PROCEDE E EM CUJO SEIO QUE JORRA TODOS SÃO NUTRIDOS. NÓS TE CONVOCAMOS, QUE É TAMBÉM PERSÉFONE DA LUA CRESCENTE, SENHORA DA PRIMAVERA E DE TODAS AS COISA NOVAS. A TI CONFIAMOS .............., NOSSA IRMÃ. TOMA-A, PROTEGE-A, NORTEIA-A; A CONDUZ NA PLENITUDE DO TEMPO A UM NOVO NASCIMENTO E UMA NOVA VIDA. E CONCEDE QUE, NESSA NOVA VIDA, ELA POSSA SER AMADA NOVAMENTE, COMO NÓS, SEUS IRMÃOS E IRMÃOS, A AMAMOS.
O Sacerdote e a Donzela juntam-se novamente ao coven, que desenvolve um movimento circular e a sacerdotisa inicia a Runa das feiticeiras, os demais se unindo a ela. Finda a runa, a Sacerdotisa ordena:

AO CHÃO!

os membros se sentam, formando um círculo olhando para o interior deste. A Sacerdotisa atribui papéis para a Lenda da Descida da Deusa ao Mundo Subterrâneo: o Narrador, A Deusa, O senho do Mundo Subterrâneo, e o Guardião dos Portais.
A Deusa é adornada com jóias, coberta com véu e fica na borda do círculo ao sudeste. O senhor do Mundo Subterrâneo coloca sua coroa, toma a espada e permanece com suas costas para o altar. O Guardião dos Portais toma seu athame e o cordel vermelho e fica de pé encarando a Deusa.




 E-mail: apocalipsedosanjos@hotmail.com


Expurgar o mal


Permitam-me que manche estas páginas níveas que têm pela frente, com o sangue que ainda escorre das minhas mãos assassinas. Eu sempre fui o mais sereno dos homens. Na vila onde vivo, as pessoas fitam-me com alguma compaixão, como se exibisse um cartaz a dizer, "tenham pena de mim". Sempre foi assim. Em casa, na escola, no emprego. As pessoas têm tendência a tratar-me como um "coitadinho". O pior é que eu acomodei-me a esta situação desconfortável, e assim tenho vivido.

Naquela noite de verão, eu estava deitado na cama. Fumava um cigarro e tinha o rádio ligado, quando fui perturbado pela visita dele. Irrompeu brandamente pelo meu quarto, como se ali vivesse. Estremeci ao olhar para ele. A primeira ideia que me assombrou foi a de que ele me ia matar. De seguida achei que ele não era humano. Mas mudei de ideias quando fitei os seus olhos ensanguentados.

-Acaba com eles, Vítor. - Grunhiu ele, sabedor do meu nome.

- Com eles, quem? - Redargui eu, com os lábios trémulos.

- Com os que te espezinham com o olhar... - A voz dele ressoara nas antecâmaras da minha mente. Ele sabia o que eu sentia verdadeiramente, quando as pessoas olhavam para mim com aquele ar penoso. Sentia-me espezinhado, sim!

- O que queres que eu lhes faça? - Inquiri cheio de medo.

- Mata-os. Expurga o mal que há neles. Acaba de uma vez por todas com esse teu sofrimento e verás que amanhã serás outra pessoa. Faz o que eu te mando, e serás dono de um poder e de uma força sobrenatural.


Inexplicavelmente, o ser tinha desaparecido do meu quarto com a mesma descrição com que entrara. Não me senti bem, e como estava calor, decidi dar uma volta pela praia. Precisava de apanhar um pouco de ar. Sentia que a loucura se estava a apoderar de mim. Quando cheguei à praia, deitei-me no areal e ali permaneci a contemplar as ondas, que teimavam em enrolar-se numa espuma branca que se desfazia no areal.

O meu momento de nostalgia foi interrompido pelos gritinhos histéricos de duas raparigas que passaram por mim, e que ao fitarem-me ali sossegado, reagiram com se tivessem acabado de ver um insecto. Além de se rirem, ainda se voltaram para trás, e voltaram a rir-se.

Acaba com eles, Vítor... Com os que te espezinham com o olhar - Vociferou a voz dele, do interior da minha alma sombria. Oh, sim. Ele tinha um poder desconcertante sobre mim. Eu era fraco demais para lhe sucumbir. Senti-me na obrigação de lhe obedecer. Olhei de novo, e lá estavam elas a fazer troça de mim. Fui ao carro, e da mala retirei uma chave de grifes de um metro e vinte, que eu usava nos andaimes, e pus-me ao caminho. Ultrapassei um breve caniçal, até as avistar. Lá estavam elas dentro dos carros, com os namorados. Estavam ambas debruçadas sobre eles. Faziam sexo oral.

Mata-os. Expurga o mal que há neles. Acaba de uma vez por todas com esse teu sofrimento e verás que amanhã serás outra pessoa. Avancei num espasmo de loucura perversa, e mesmo antes que eles tivessem tempo de se aterrorizarem com a minha presença, espanquei-os sem clemência. Desferi inúmeros golpes nas suas cabeças, pernas e braços, que nem tiveram tempo para me suplicarem pela vida. Matei-os a todos. -Então, não se riem agora, suas putas? - Grunhi eu, sentindo um prazer infindável a invadir a minha pessoa.

Faz o que eu te mando, e serás dono de um poder e de uma força sobrenatural.


Oh, sim! Ele sabia. O meu visitante misterioso sabia do que falava. Eu agora sentia e experimentava o poder. Ninguém mais ousava olhar para mim daquela maneira. Eu agora, era Deus!



A aurora irrompeu brandamente pela neblina nocturna, quando eu acordei no silêncio do meu quarto. Sentia-me confuso, tivera um pesadelo macabro, em que assassinara quatro jovens, e...Não! Não pode ser! As minhas mãos estão cheias de sangue!...a minha roupa também...Não! Pranteava desesperadamente, quando notei a presença de alguém perto de mim. A primeira ideia que se me afigurou, foi de um polícia com um mandato de prisão. Mas esta ideia desvaneceu-se quando fitei o vulto do ser que me visitara na noite anterior.

- És grande, Victor! Estou muito orgulhoso de ti. - Grunhiu ele, confiante.

- Quem és tu? O que queres de mim? - Indaguei eu, impacientemente.

- Não interessa quem eu sou; mas sim, o que és tu? - Atalhou ele, exibindo um semblante austero e aterrador.

- O que sentis-te, depois de teres esmigalhado a cabeça aquelas putas, hein? Diz-me. Poder, não foi? Confessa lá!

- Sim! É verdade. Senti uma força tão monumental que era capaz de derrubar um exército de cem homens! - Acrescentei eu, colocando-me de pé, de frente para ele.

-Mas não chega Victor. Não é suficiente. Oh, não! Ainda há por aí, muitos pecadores. Muitos veículos do mal. Acaba com eles todos. Não deixes que eles proliferem por aí. - Avisou ele, esgueirando-se de novo sem eu perceber.

Voltei de novo à praia do osso da baleia. Laureei por ali tranquilamente. O reduto dos pecadores e veículos do mal, era ali. Era só uma questão de tempo e dizimava-os a todos. A lua estava absoluta, e iluminava a noite quente. Vi três indivíduos fortes a virem na minha direcção. Eu continuei com a minha marcha, normalmente. Eles estavam cada vez mais perto, e eu senti que a minha bolha de ar estava a ser invadida pela presença daquele grupo. Senti que um deles me deu um encontrão no ombro quando passou por mim, e sem se deter, voltou-se e desafiou-me:

-És gordo? - Indagou com o rosto cheio de reprovação.

- Tu, é que vieste contra mim! - Respondi eu, secamente.

- Vai-te f...pá. Pareces um rato do esgoto! - Proferiu ele, num tom áspero e de desprezo.

Ainda há por aí, muitos pecadores. Muitos veículos do mal.

As palavras dele ribombaram na minha mente, como um trovão numa noite de placitude. E o meu espírito demoníaco e perverso, actuou, mais uma vez, por mim!

- Deves pensar que estás a falar com o cabrão do teu pai! - Vociferei secamente, quando eles já se alongavam, uns metros adiante de mim. Estas minhas palavras fizeram com que eles interrompessem a marcha e se voltassem para mim. Vi com normalidade, os olhos deles, plenos de raiva a procurarem o meu rosto, e de seguida, volveram na minha direcção para me espancar. Mas eu tinha uma surpresa para eles. Em fracções de segundo puxei de duas 6/35, e apontei na direcção deles. Vocês haviam de ver os rostos deles, repletos de terror quando eu dei o primeiro tiro. Depois o segundo, e o terceiro...enfim. Crivei-lhes as caras odiosas e trocistas com balas incandescentes. Oh, sim. Agora já não troçavam de mais ninguém. Eu é que ainda me ri, quando lhes urinei para cima dos cadáveres.

Na manhã seguinte, a porta do meu quarto foi arrombada pela polícia, que me prendeu, acusando-me do homicidio de sete pessoas. -Sete pessoas? Eu nunca matei ninguém. - Barafustei, cheio de confiança. É obvio que os polícias me fixaram com bastante incredulidade. Um deles mostrou-me a chave de grifes que eu conservava debaixo da cama, e que ainda estava suja com sangue. As duas 6/35, também me foram apreendidas, pois permaneciam sob o meu travesseiro, que até deitava um odor a pólvora desconcertante. E, indiscutivelmente, o sangue das vitimas que se conservava nas minhas mãos e nas minhas roupas.

Aleguei que tinha as provas tinham sido forjadas. Descrevi-lhes o individuo que me visitava todas as noites, e que era concerteza o autor daqueles tenebrosos crimes. O comandante, demonstrando grande lucidez, pegou no que me pareceu, um processo policial, e dele libertou uma fotografia.

- É este o individuo que o visita? - Inquiriu ele, exibindo o retrato na direcção dos meus olhos.

-Sim. É este mesmo! - Clamei eu, com um fluxo ávido de alívio, que me ventilou o cérebro que estava quase a rebentar de tanta inquietação.

-Então o senhor confessa ser o autor de todos estes crimes, não é verdade? - Afirmou ele, com grande naturalidade.

-Porquê que havia de confessar? - Inquiri eu, repleto de incredulidade.



Foi quando o Comissário segurou um espelho em frente da minha face, obrigando-me a encarar com o horror a minha outra face demoníaca.


por Alexandre Faleiro



E-mail: apocalipsedosanjos@hotmail.com

10 de novembro de 2012

O livro dos espíritos - O CONTO...



Sempre tenho a sensação que nunca estou sozinho, mesmo quando estou em casa "sozinho", assistindo um filme, no vídeo game. Até durante o dia, vejo sombras no corredor, mas acho que são apenas as plantas da vizinha se mexendo com o vento. Acho...

Mas a história que vou relatar, não foi uma simples sombra que eu vi. Foi algo um pouco pior.

Estava voltando do curso a noite, por volta de 23h30min. Vou de metro, e depois pego lotação da estação até a esquina da minha casa. Do ponto até em casa, levo menos de 5 minutos. Mas hoje eu digo que foram os 5 minutos mais terríveis da minha vida, desejaria que nunca tivesse visto aquela imagem. Depois que desço da lotação, vou caminhando pela calçada para chegar à esquina e assim subir a rua da minha casa. Nesse percurso, passo ao lado de uma escola. É um terreno grande, mas o prédio da escola não é construído na totalidade do terreno. Tem uma parte com mato e arvores. Essa hora da noite, o prédio está vazio. Ou deveria estar...

Ao passar ao lado da escola, infelizmente criei o hábito de olhar as janelas das salas e imaginar como deve ser uma escola a noite. Mas em uma bela noite, olho pra janela e vejo uma menina bonita, traços orientais e um cabelo bem preto e comprido. Percebi que ela também me viu. Eu estava tão cansado da aula que nem liguei que era estranho àquela hora da noite ter alguém em uma escola fechada. Quando cheguei em casa, deixei minhas coisas no quarto e fui tomar banho. Durante o banho, não faço a menor ideia do motivo que me levou a isso, mas fiquei lembrando de filmes de espíritos, quando a pessoa está tomando banho e aparece o infeliz. Nesse momento, tive a impressão de ter ouvido um choro. Mas como a janela do banheiro ficava próximo a casa da vizinha, achei que tinha vindo de lá. Tomei meu banho, e fui comer alguma coisa. Fiz um lanche básico, com um copo de suco. Sentei a mesa e liguei a TV. Estava passando um filme sobre espíritos. Terminei de comer, escovei os dentes e fui dormir. Quando me deitei na cama, tive a sensação de peso, como se estivesse carregando peso, ou quando alguém deita em cima de mim. Mas como estava muito cansado, dormi logo.

No dia seguinte, soube que a escola tinha sido invadida naquela madruga, na hora lembrei-me da menina que eu vi. Fizeram uma zona no prédio, jogaram as carteiras longe, derrubaram todos os livros, aquela zona de adolescente. Mas fiquei pensando, como uma menina tão bonita e jovem como aquela, faria isso. Logico que não estava sozinha. Pensei comigo mesmo: "Esse mundo está perdido mesmo, depois quero ver essa molecada reclamar que não tem nada na escola, que a escola é isso, escola é aquilo..." Enfim, mas ouvindo os boatos dos vizinhos, falaram que não roubaram nada. Eu tenho um colega chamado Sandro, que trabalha na escola e ele tem acesso aos vídeos das câmeras de segurança de lá. Conversei com ele se tinha visto algo e ele me chamou pra ver algumas imagens que ele pegou das câmeras pra me mostrar. Fomos a casa dele, e no seu notebook, ele colocou o dvd das gravações. A escola fecha as 19h, então a partir dessa hora, não ouve nada de estranho. Quando o vídeo chegou no horário de gravação de 23h30min aproximadamente, que as câmeras captaram alguma coisa. Deu pra ver a imagem de uma menina, jovem, aproximadamente 16 anos, cabelos negro e bem comprido e preto... Falei para Sandro, que eu tinha visto ela pela janela quando desci da lotação. Mas umas coisas intrigaram a nós dois. A primeira delas não dava pra ver exatamente seu rosto. A câmera desfocava exatamente no rosto dela. Outra coisa que nos intrigou, foi ela ter feito àquela bagunça inteira, SOZINHA, isso mesmo. As câmeras não captaram mais ninguém, somente essa garota. E porque ela teria feito isso? Continuamos assistindo as imagens e ai vem uma das cenas que deixou os dois com muito medo. Naquela escola, existem câmeras dentro das salas de aula, dentro da biblioteca e corredores. Ele me explicou que os livros que foram jogados no chão, eram da biblioteca e as carteiras que foram reviradas de apenas uma sala de aula específica.

Depois de assistir tantos filmes, ler livros, assistir animes sobre esse assunto, ficamos curiosos e resolvemos investigar a sala do ocorrido. Sandro conseguiu ter acesso aos arquivos dos alunos da escola. Aquela sala sempre foi de ensino médio, então começamos a consultar os arquivos da escola para descobrir se tinha algo relacionado. A escola era muito antiga, então teve muitos alunos. Consequentemente, levamos certo tempo nessa procura. Achei os documentos de 3 alunas orientais do ensino médio. Mas uma nos chamou a atenção. Nunca vou esquecer seu nome. Lia Sadako Yamamura. Ela estudava naquela sala e lembrava muito a menina das imagens das câmeras. Era uma adolescente muito bonita, de cabelos grandes e negros. Tinha boas notas e nenhuma reclamação anotada.

Como estava ficando tarde e a escola já ia fechar, fomos embora. Mas antes de sair, conversamos com o diretor, e enchemos o saco dele para deixar agente ficar com uma copia da ficha daquela aluna. Claro que o diretor não deixou, mas antes de pedir, tiramos uma cópia escondida. Fui para minha casa e Sandro foi para casa dele. Mas continuamos nossa investigação, nos comunicando pela internet. Enquanto Sandro estava onde ela morava, eu tentava descobrir alguma noticia de morte ou desaparecimento de alguma aluna daquela escola. Olhando na internet, achei em um site de pessoas desaparecidas. Segundo informações, ela estava desaparecida há alguns dias, foi para a escola, mas não retornou. Sandro verificou a ficha da escola e eu o endereço onde ela morava. Pedi para ele me passar para que eu pudesse ir até lá. Sandro começou a me questionar se deveríamos mesmo continuar com essa investigação, afinal, não éramos da policia nem nada da garota. Mas eu estava muito curioso para saber toda a verdade, então fui até a residência de Lia mesmo assim. Por sorte era na mesma rua da escola. Uma casa humilde e com muitos traços orientais na sua estrutura e seu interior. Toquei a campainha e apareceu uma senhora. Falei que era colega de Lia e queria algumas informações sobre o desaparecimento. A senhora me convidou para entrar. Disse que era mãe de Lia, se chamava Yoko.

Yoko disse que ela desapareceu, foi para escola e não voltou mais, não ligou, não deu nenhum sinal de vida. Yoko disse que chegou a ligar para algumas amigas dela, mas nenhuma delas sabe ou teve notícias de Lia. Perguntei se Lia já tinha sumido assim, mas recebi uma resposta negativa: "Nunca, Lia sempre foi atenciosa, carinhosa e gentil. Se ela demorasse 1 minuto pra chegar em casa, ela ligava e avisava." Falou que Lia era uma adolescente alegre, adorava estudar. Contou que Lia sonhava em ser modelo e que começaria um curso ainda esse ano. Perguntei sobre o dia que ela desapareceu e ela me disse que na mesma semana, seu comportamento mudou. Ela estava quietinha, não queria sair, mesmo com seu aniversário chegando. Pedi para ir ao quarto de Lia e sua mãe deixou. Seu quarto era típico de uma adolescente de sua idade. Cd´s, ursinhos de pelúcia, livros, fotos com as amigas, etc... Mas uma coisa me chamou a atenção, era um livro em sua estante. Tinha uma capa escura, de couro e um desenho estranho em traços dourado em sua lateral. Como queria ler seu conteúdo, saber que livro era aquele, pedi para sua mãe pegar um copo de água para mim (apenas para disfarçar, queria mesmo era ver aquele livro). Quando ela saiu, peguei o livro e percebi que era um livro antigo, não dava para ler seu título, pois as letras já tinham descascados. Mas tinha um desenho logo abaixo do nome, que mesmo descascado, deu para reconhecer o que era:

O que será que uma adolescente fazia com um livro com esse símbolo? Ao abrir, tinha um recado escrito com letras bem garranchosas: "Siga tudo, passo a passo, ou o ritual não funcionará." E com outra letra, bem diferente dessa, mas também bem feia tinha um nome: "Roger Silva".

Ouvi passos e percebi que era a mãe de Lia que voltava, escondi o livro na cintura da calça. Queria muito ler seu conteúdo e descobrir quem era esse tal Roger. Bebi a água e me despedi da pobre moça.

Sai da casa e virei à esquina, assim que dei mais alguns passos, liguei para Sandro e falei sobre o livro. Ele pediu para eu ir à sua casa para verificarmos. Quando ele viu a letra do recado na contracapa, ele reconheceu a letra e o nome. Era do faxineiro da escola, e seu nome era Roger.

Dessa vez, eu que comecei a pensar se deveria mesmo continuar essa investigação, afinal, não era mesmo da polícia nem era parente nem nada da adolescente. Sandro disse que ia conversar com esse Roger. Peguei o livro e fui para minha casa, para lê-lo com mais calma e entender o que aconteceu. Era noite já quando comecei a ler o tal livro. Falava muitas coisas sobre rituais satânicos, espíritos e coisas do gênero. Uma das passagens do livro me intrigou. Falava de uma certa forma de invocar espíritos malignos. Era um texto pequeno, mas muito assustador. Nele, a pessoa tinha que matar 15 pessoas, mas cada uma de um jeito em específico. Uma pessoa tinha que morrer afogada em uma lagoa no inverno, outra pessoa deve sofrer um "acidente" de carro. Uma pessoa tinha que ter 34 anos e ser loiro. Cada um com seus detalhes descritos. Mas as três ultimas me deixaram com medo. "A 13ª morte tinha que ser uma criança de 16 anos, oriental, e deveria ser estuprada e ter seu corpo queimado. A 14ª morte tinha que ser um rapaz jovem, forte e matá-lo a golpes de facão". Quando li essas duas mortes, comecei a ligar as coisas. O tal Roger, estava tentando invocar o algum espírito maligno e estava próximo de conseguir. Quando lembrei que Sandro disse que iria até sua casa para conversar com ele, fiquei desesperado. Peguei meu celular e tentei ligar pra ele. Caixa postal... Fui até a casa de Roger, toquei a campainha e nada. Gritei seu nome e nada. Quando na casa vizinha, aparece uma senhora na janela e diz: "Ele saiu tem pouco tempo. Parecia que ia viajar, jogou umas malas no carro e saiu." Perguntei: "Tinha mais alguém com ele?" ela respondeu: "Eu reparei que chegou um rapaz ai por volta de 1 hora atrás. Mas não vi o saindo não. E olha que fiquei o tempo todo olhando a rua."

Comecei a ficar com mais medo, liguei mais uma vez para o celular do meu amigo e mais uma vez, caixa postal. Gritei seu nome e nenhum sinal. Desesperado, pulei o portão e fui em direção à porta. Bati e ninguém respondeu. Gritei mais uma vez e nada. Tentei abrir a porta e ela estava aberta. Abri devagar, com medo de estava por vir. Quando entrei, me deparei com a cena que não queria ver. Meu amigo estava jogado no chão, sem vida. Ele foi brutalmente assassinado. Havia sangue por todos os lados. Entrei em desespero não sabia o que fazer. Peguei o celular para avisar a policia, mas quando apertei o primeiro numero, vi que parou um carro na frente da casa. Um homem desceu. Era alto e porte atlético, cabelos grisalhos, barba por fazer. Ele veio em direção a casa. Quando a vizinha o chama: "Senhor Roger, teve um rapaz aqui procurando o senhor tem poucos minutos." Ele responde: "Vai dormir, velha fofoqueira. Fica o dia inteiro nessa janela e não faz porra nenhuma da vida." Ele voltou a caminhar em direção a casa. Olhei para os lados ainda meio atordoado com a cena, e fui me esconder atrás do sofá. Ele entrou na casa e reclamava consigo mesmo: "Cacete, onde deixei o livro? Falta apenas uma morte. Preciso ver se tem mais alguma coisa depois da ultima morte. Aquela vagabundinha que matei semana passada mexeu nas minhas coisas na escola. Será que ela o pegou? Esse cara aqui devia saber alguma coisa. Ele e aquele amigo curioso. Ele será a ultima pessoa que vou matar, depois disso, meu ritual estará completo."

Ao ouvir isso, senti meu coração parar de bater, um gelo na espinha... Roger saiu da casa, ouvi o barulho da porta do carro batendo e o carro saindo em disparada. Pensei: "Meu Deus, isso não pode ser verdade, porque eu tive que me meter nessa historia." Esperei um tempo e sai da casa. Fui embora correndo, com medo daquele maníaco voltar. Cheguei em casa e minha mãe vem ao meu encontro e diz: "Filho, a mãe do Sandro ligou e perguntou dele. Você sabe alguma coisa?" Com medo da reação de minha mãe, não falei nada, apenas disse que não sabia de nada. Voltei para meu quarto e não parava de pensar em tudo o que tinha acontecido. Sandro estava morto, brutalmente assassinado e eu era o próximo. Fui ler como seria a próxima morte. "15ª morte: a vítima terá que ser assassinada no dia 15 de outubro." Fiquei com mais medo ainda, hoje é dia 14 de outubro...

Estava desesperado, mas acabei cochilando. Acordei com um barulho imenso em minha casa. Alguma coisa caindo no chão, algo pesado. Abro a porta do meu quarto devagar e ouço passos na sala. Já comecei a pensar no pior. Roger descobriu onde eu moro e veio aqui me matar. Ouço a porta do quarto de minha mãe abrindo e ela chama: "Filho, é você? O que você derrubou?

Mas o pior estava para acontecer. Minha mãe vai andando pelo corredor e de repente grita bem alto. Ocorre um barulho de algo batendo, ela grita e cai no chão. Alguém matou minha mãe. Continuo ouvindo passos, mas dessa vez, como se eles estivessem vindo em direção ao meu quarto. Deitei correndo em minha cama, e peguei debaixo do meu travesseiro, um canivete que comprei em uma viagem havia uns dois anos. Abri a faca do canivete e escondi debaixo da coberta. Em milésimos de segundo, comecei a pensar na minha morte, como seria, se iria doer, se eu não ia sentir, se eu veria alguém do outro lado. Os passos chegaram em frente a porta do meu quarto e pararam. Fingi que estava dormindo, então ouço a porta do meu quarto abrindo bem devagarinho. Os passos agora mais suaves, mas igualmente pesados, vinham mais devagar em direção a mim. Mas se fosse mesmo Roger, ele só poderia me matar amanha. Mas não tinha percebido que já se passavam da meia noite. Quando senti que Roger se aproximou, não pensei duas vezes, avancei em direção ao seu pescoço, como uma fera selvagem e com o canivete na mão, fiz um corte de orelha a orelha em seu pescoço. Roger cambaleou alguns passos para trás e caiu, agonizando no chão. Em seus últimos sinais de vida, Roger desenhou um estranho símbolo no chão com seu sangue. Era igual ao símbolo da capa do livro. Quando ele terminou, seu braço tombou de lado, já sem vida. Poucos segundos depois, quando achei que tudo tinha acabado, o pior aconteceu. O símbolo que Roger desenhou no chão, não era um símbolo qualquer. Após alguns segundos de seu falecimento, o símbolo que ele desenhou, começou a brilhar bem forte. De repente essa luz vem em minha direção e me atinge, jogando meu corpo contra a parede e me fazendo cair na cama...

Duas semanas depois, enquanto passava O jornal Nacional, vem a noticia: Jovem de apenas 23 anos, mata a mãe e o amigo e desaparece. A polícia suspeita que ele usava drogas e participava de rituais de magia negra, pois em seu quarto foi encontrado um livro que ensinava como evocar espíritos. Até agora ninguém tem notícias do rapaz, a única pista que a policia tem, é o tal livro. Nossa repórter conseguiu com exclusividade, entrar no local onde ocorreram os assassinatos.

A repórter começou a mostrar o quarto onde ocorreram os assassinatos, e a câmera foca exatamente o livro citado na chamada da notícia. O livro estava no chão, aberto em uma pagina que estava escrito: "Após a morte da ultima vítima, o espíritos malígno possuirá o corpo do assassino."

Até hoje a ninguém sabe o que aconteceu com o jovem rapaz...


por Guilherme Julio Borges da Silva


E-mail: apocalipsedosanjos@hotmail.com

Elizabeth Báthory, a condessa sangrenta

A busca obsessiva pela beleza pode ter transformado essa condessa de família tradicional na Hungria em uma assassina cruel e sem escrúpulos com suas vítimas.

Elizabeth Báthory nasceu no dia 7 de agosto de 1560 na Hungria. Essa jovem cresceu em uma época em que os turcos conquistaram a maior parte do território húngaro, que servia de campo de batalha entre os exércitos do Império Otomano e a Áustria dos Habsburgo. Vários autores consideram esse o motivo de seu grande sadismo. A família também tomou partido junto ao protestantismo, que era uma nova forma de oposição ao catolicismo romano.

Desde muito jovem a moça, muito bela, já havia sido prometida em casamento. Aos 11 anos de idade já era noiva de um conde local, mas aos 14 anos engravidou de um camponês e fugiu, para não complicar seu casamento. Não se sabe o fim que a criança teve, mas o casamento ocorreu no ano seguinte.

Acredita-se que durante as viagens do Conde, Elisabeth tomava conta dos assuntos do castelo, e a partir daí começou a aflorar seu lado sádico. Além de maltratar os empregados, ela era famosa apelo comportamento arbitrário e pela crueldade com quem infringia as regras. Ela costumava espetar agulhas em partes sensíveis do corpo, como embaixo das unhas e mandava as vítimas ficarem nuas na neve para que fossem banhadas com água fria e morressem congeladas. Existem relatos de que ela teria aberto a mandíbula de uma criada até que os cantos de sua boca rasgassem.

O marido de Elisabeth apoiava esse tipo de atitude e se juntava a ela. Ele ensinou-a a cobrir uma mulher de mel para que insetos viessem atacar a vítima.

A lenda de sua obsessão por beleza veio quando ela estava se penteando e uma empregada acidentalmente puxou seus cabelos. Ela teria espancado a empregada até a morte e seu sangue espirrou na mão de Elisabeth. Acreditando que aquele sangue havia rejuvenescido sua pele, surgiram histórias de que ela se banhava em sangue para se manter bela.

Apesar de toda a sua crueldade, existem relatos de que Elisabeth era uma boa mãe para seus três filhos que teve com o conde.

Elisabeth ficou viúva em 1604, e isso parece ter aumentado ainda mais sua insanidade mental. Ela mudou-se para Viena e chegou a conhecer outras mulheres que a incentivaram a continuar e refinar seus métodos de tortura e assassinato.

Os nomes de todas as suas vítimas só foram descobertos quando uma investigação para verificar as dívidas do marido teve acesso a sua agenda pessoal, que continha o nome de mais de 650 vítimas registradas com sua própria letra. Durante seu julgamento, não foram encontradas provas de seus atos, apenas testemunhas que a acusavam.

A condessa ficou na prisão por três anos, até sua morte em 1614.

Cem anos depois, o padre jesuíta Laszlo Turoczy localizou alguns documentos originais do julgamento e recolheu histórias que circulavam entre os habitantes locais. Foi com base nesses documentos que surgiu a lenda de que Elisabeth se banhava em sangue para manter a beleza de sua pele. De acordo com essa lenda, existia em um calabouço uma gaiola com lâminas pendurada no teto, onde os condenados eram colocados e espetados com lanças, para se moverem e se cortarem. Esse sangue caia em um recipiente para os banhos de Elisabeth.

Apesar de todos os relatos, ainda existe a possibilidade de Elisabeth ter sido vítima de todas essas acusações sem nunca ter cometido nenhum crime. Será? 


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