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20 de julho de 2011

Sodoma e Gomorra - Mito ou Realidade?


Se o pecado realmente existe e se ele já fez de algum lugar a sua aldeia, ela ficava ali no Vale do Rio Jordão, exatamente na divisa de onde hoje estão Israel e Jordânia. Era um conjunto de cinco cidades: Admá, Zebolim, Bela e, principalmente, pela extensão, demografia e comportamento, Sodoma e Gomorra. Essas duas últimas centralizavam a região que, por, supostamente, tanto despertarem a ira divina pela sexualização despudorada desapareceram incendiadas pelo fogo que vinha do chão e por uma chuva de enxofre. As controvérsias sobre a real existência da cidade, a conduta do seu povo e as explicações científicas sobre o seu desaparecimento criaram uma lenda repleta de interpretações e mensagens. O Vale de Sidim, ou Vale dos Campos, é descrito na Bíblia como um lugar paradisíaco. Ocupava uma área aproximadamente circular no vale inferior do Mar Salgado, atualmente submerso por suas águas, numa região de muitas falhas tectônicas e poços de piche. Durante doze anos, as cinco cidades que ali existiam foram feitas tributárias ao Elam, uma das primeiras civilizações de que se tem registro, no extremo oeste e sudoeste do que hoje é o Irã. Os elamitas eram um povo de muita influência e força militar na Baixa Mesopotâmia e já haviam destruído a cidade de Ur. Um dia, treze anos depois de iniciado o domínio do Elam sobre as cidades do Vale do Sidim, seus reis se rebelaram. Na guerra, Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela foram invadidas, destruídas e saqueadas. Quem não conseguiu fugir para as montanhas, ou caiu nos poços de betume ou virou prisioneiro do exército elamita.

Um desses prisioneiros foi Ló, personagem do Antigo Testamento, sobrinho de Abraão. Quando este soube da captura, juntou trezentos e dezoito homens e perseguiu as tropas vencedoras. Lutou durante toda a noite, derrotou-as, recuperou as riquezas do povo sodomita e libertou seu sobrinho e os demais prisioneiros. Alguns estudiosos e pesquisadores acreditam que o episódio de guerra tenha ajudado a cunhar a personalidade nada hospitaleira dos sodomitas. O desejo de humilhar os forasteiros pelo simples fato de o serem era dominante entre esse povo, freqüentemente tido como uma gente que tinha prazer em fazer o mal.


Desobediência fatal

Sodoma e Gomorra tornaram-se símbolos de vício e iniqüidade. Ao longo do tempo, a partir da defesa de religiosos e traduções do texto bíblico de que a queda das duas cidades se deu em função da alta difusão da prática de relações homossexuais, as histórias se multiplicaram e mesmo a palavra sodomia foi criada para designar o ato do sexo anal. A existência de ambas e a assombrosa narrativa sobre a ira divina que recaiu sobre elas serve como exemplo de desobediência punida com a fatalidade. Reconhecera, segundo a Bíblia, Abraão ao voltar do Egito que eram "maus os homens de Sodoma e grandes pecadores contra o Senhor". Dois anjos de Deus, materializados, enviados para analisarem as cidades, teriam dito a ele que o pecado de Sodoma e Gomorra vinha se agravando muito. Abraão intercedeu ainda três vezes pelos sodomitas até obter uma resposta final: "Se houver em Sodoma dez pessoas justas, não será destruída" (Genesis, 13:14).

Alguns historiadores acreditam, no entanto, que os eventuais pecados cometidos pelo povo de Sodoma e Gomorra teriam sido a soberba, a fartura, a ganância e o orgulho, representados na agressividade e na falta de hospitalidade para com os estrangeiros. A origem da confusão está no termo conhecer, fundamental para a compreensão do trecho da narrativa bíblica que não significaria relação sexual, mas sim abuso sexual, ou seja, o ato com a intenção de fazer o mal. Ele teria sido interpretado erroneamente sobretudo na passagem em que, finalmente, os dois anjos enviados por Deus, vistos como odiados estrangeiros, chegam à cidade e se hospedam na casa de Ló, que lhes desconhecia a real identidade. Segundo a Bíblia, antes de se deitarem, todos os homens da cidade, desde o rapaz até o velho, cercaram o lugar numa só turba afim de "conhecê-los". Ló sai em defesa dos hóspedes mas a multidão o ameaça. As criaturas divinas intervêm para protegê-lo e recomendam-no que parta dali sem demora, sem olhar para trás e sem parar nos arredores. Não tiveram encontrado as dez criaturas honestas que seriam a redenção de Sodoma e Gomorra.

A família de Ló - seu pai, sua mulher e suas duas filhas - fugiu para as montanhas e de lá avistou fumaça saindo do chão da planície. Seguiu-se uma grande explosão que chamou a atenção da esposa de Ló que, ao olhar para trás, fugindo das instruções dos anjos, também morreu como o resto do povo sodomita. Raios estrondosos e uma chuva de enxofre caíram em seguida, terminando de aniquilar a região.


A redescoberta de Sodoma e Gomorra

Ainda hoje, a história de Sodoma e Gomorra é razão de pesquisas na região em busca de vestígios das cidades e explicações sobre o que teria ocorrido, sob o ponto de vista científico. Os estudiosos modernos reconhecem que a catástrofe descrita na Bíblia provocou uma falha na margem sul do Mar Morto, o que fez com que as águas se derramassem e cobrissem as regiões mais baixas à sua frente. O Vale de Sidim tornou-se uma nova parte inundada, apelidada de Mar de Ló. A possibilidade de ter havido uma explosão nuclear na região, facilitada pelos muitos acidentes tectônicos da região, também vem sendo confirmada por pesquisas, que começaram com uma abragente exploração da área, nos anos 20 do século passado, numa missão científica patrocinada pelo Instituto Bíblico do Vaticano.

Essa equipe descobriu que os povoados que ficavam nas montanhas em torno da área foram abruptamente abandonados no século 21 a.C. e permaneceram desocupados por muitos séculos. Apurou-se também que, ainda hoje, as águas das fontes que cercam o Mar Morto são contaminadas por radioatividade e que ali, antes da catástrofe, eram terras férteis de produção de figo. Mas as escavações recentes também comprovam a vocação de Sodoma e Gomorra para a perversão sexual extrema. A equipe do arqueólogo israelense Yehuda Peleg descobriu, em 1999, vasilhas ricamente decoradas com motivos obscenos e bonecos em estranhas posições sexuais. O grau de pornografia destas imagens seria tanto que a exposição pública do material em Jerusalém fora considerada imprópria, milênios depois de criadas, em plena era da sexualidade. Sodoma e Gomorra continuam sendo um chocante mistério.


Texto: Fernando Puga


 E-mail: apocalipsedosanjos@hotmail.com

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