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10 de julho de 2011

Sobre o Ser e a Morte


Bom para começar no decorrer deste texto serão feitas diversas distinções como pôr exemplo corpo  físico e corpo astral, tal dicotomia é somente necessária para uma explanação mais precisa. O mundo físico e o mundo astral não são dois; são um. No entanto pôr estarmos sob o véu tal divisão é feita. O ser humano classificou a si mesmo em várias partes, sistema respiratório, sistema digestório, estrutura óssea, etc... Da mesma forma durante os milênios de existência um padrão de classificação da vida humana também apareceu.

A primeira é aparentemente mais obvia parte do conjunto que constitui o ser humano é o seu corpo físico. É o que nós sobra de um ente após sua morte. Na tradição Vodu, recebia o nome de Corps Cadavre, , no Egito antigo recebia o nome de Khaibit Atualmente é conhecido simplesmente como Corpo Físico.

Com o passar do tempo a experimentação do Corpo com o mundo físico e os outros seres viventes começará a criar um duplo de si mesmo através de sua própria personalidade. Este agrupamento de hábitos, memórias, sensações e vontades formam juntos aquilo que cada pessoa chamará de Eu. Este é o Eu mutável que os Hindus chamavam de Jiva, os egípcios nomearam-lhe como Ka,  o duplo que era dito pairar sobre os túmulos de forma que é facilmente relacionado com o duplo astral que todos nós possuímos. Jung postulou para a psicologia moderna que o Ego é o constructo interno formado pela vinvência do individuo, e este o nome que iremos usar neste trabalho.

Mas se este Eu é mutável, quem sou realmente Eu? A pergunta aflige os humanos há milênios e nomes foram dados para este Eu Absoluto e imutável. Os sacerdotes egípcios o chamavam de Akh,  e o representavam como um íbis de crista que simbolizava o estado de morte glorificado, a parte que poderia coabitar com os deuses. Os hindus chamavam esta mente imutável e imortal como Atmã e muitos ocultistas chamam de Self o Eu Supremo.

Basicamente todas as teorias do pós-morte seguem o seguinte modelo com algumas poucas variações;  O Corpo físico definha, (por doença, acidentes ou desnutrição ) é a "alma" formada pelo Ego e pelo Self  de repente se vêem
sozinhas.

Qualquer estudante de ginásio sabe que não há trabalho, sem energia, não há vida sem energia. A própria consciência faz parte do universo entrópico no qual vivemos.  Desta forma, um homem ou uma mulher que não comam ou respirem certamente verão o seu corpo definhar em fraqueza até que se decomponha e não constitua mais o corpo como o conhecíamos. A entropia é o estado natural do universo, e a vida é uma constante luta para nadar contra essa corrente. 

Logo que nasce o ser já clama pôr energia, seu primeiro ato no mundo é uma profunda respiração que preencherá seu corpo com as primeiras cargas de energia.  Nutriremos nosso corpo de variadas formas a partir de então para garantir que nosso manto de carne viva mais um dia. Esta energia recebeu diversos nomes na história. Prana, N'âme, Vitae e são apenas alguns exemplos disto que metaforicamente é representado pelo Sangue. Vida é  portanto
dependente de energia.

O corpo físico é muitas vezes vista com maus olhos. É comum algumas tradições chamarem ele de prisão, correntes ou mais hipocritamente de "um mal necessário" dizendo que a alma se sente livre quando se livra de tal fardo. Tal visão é típica de filosofias anti-naturais e hipócritas que desprezam a vida. A verdade é que o corpo é naturalmente a pedra angular que sustenta o ser.

Algumas tradições ocultas nos fornecem pistas de como o corpo físico pode ser a fonte de energia que mantém o Ego forte e saudável. Quem quer que já tenha ficado mais de uma noite sem dormir sabe do que estou falando; durante algumas das horas de sono o Ego ou Duplo se destaca do seu Manto de Carne, são nessas fases essenciais a vida que a energia acumulada pela nutrição do corpo retirada do mundo físico é transferida para os outros aspectos do ser. Não é a toa que sentimos um sono natural após as refeições.

[MUNDO FÍSICO] ----(vitae)------> [CORPO] -----(vitae)-----> [EGO -SELF]


Voltando ao assunto, na morte o Ego se vê subitamente privado da fonte que lhe fornecerá energia durante toda a sua existência e na falta de "recarga" em alguns dias estará morto também. De fato, na China a morte significava a dispersão da força vital nomeada como Chi. Tal perspectiva criou neste povo um grande interesse  na conservação e bem desfrutar desta energia.  Com a morte há um corte no fornecimento da energia e o Ego em condições normais vive somente mais algum tempo.

É por isso que alguns grupos dentre eles os espíritas e os hindus aconselham que se espere um certo número de dias antes de se cremar o cadáver, prevendo a perturbadora experiência que poderia vir a ser ver o próprio corpo ser consumido pelas chamas. No Vodu é dito que por um período de uma semana após a morte o espirito do falecido fica vulnerável as artes dos feiticeiros, após isso o chamado Gros bonange (Grande Anjo) esta livre pois toda a personalidade morreu junto com o Ti Ange (Pequeno Anjo)

Este esquema é relembrado em várias tradições. Na Grécia antiga aquilo que aqui chamamos de Ego era composto de Timo ( Emoções) e Nous ( Intelecto). Era dito que essa parte da mente deixava de existir após a morte do corpo enquanto a psique perambulava pela terra ou era levada até Hades.

O Budismo tenta anestesiar e antecipar a morte, lutando contra o Ego durante toda a vida. Anatta é a idéia de que o indivíduo não possui alma eterna, mas que constituem o agrupamento de costumes, desejos lembranças sentimentos e interesses que juntos formam a ilusão de que existe um ser estável e duradouro. A sabedoria budista diz que Sansara é roda de repetidas vivências nas quais novos Egos ilusórios são cultivados.

Com a morte do Corpo físico e da conseqüente desintegração do Ego, o Self está então novamente sozinho em seu estado original e o que acontece com ele já é um assunto que deixarei para outra oportunidade. É importante notar que o corpo físico e o Duplo podem ser reconhecidos por experiências diretas respectivamente no dia a dia e em projeções astrais enquanto que o Self é quase como invisivel. Há a possibilidade dele inclusive ser  só uma metáfora para a volta e reintegração dos elementos que formavam o corpo físico e o Duplo astral ao mundo do qual vieram. O que quer que ocorra com o Self, agora ele esta em seu estado original de pureza e o ser que ia ao cinema, gostava de mulheres em calcinhas vermelhas e sabia de cor algumas frases de Willian Blake teve sua chama apagada  e já não existe mais.

A MORTE DA MORTE


O Ser humano têm se destacado dentre os animais pôr ser o filho respondão da mamãe natureza. Ela disse " Não terás grande pelugem como seus irmãos animais" e na primeira brisa cobrimos nosso corpo com a carcaça dos mesmos. Ela disse "Ficarás no escuro" e logo pontos brilhantes iluminavam as florestas que era nosso lar. Ela disse "Não voaras" e fizemos questão de cortar os ares com nossos aviões. E ela disse "Não viveras para sempre"; advinha o que fizemos?

É claro que em grande escala o universo têm um fim, o próprio planeta terra deve acabar muito antes disso acontecer. Mas mesmo assim por todas as culturas têm se ouvido histórias de seres que viveram depois da morte. Muita lenda foram criadas mas há ainda uma possibilidade. Abaixo coloco uma teoria de como isso possa ocorrer.

Foi dito que o Ego é alimentados pelo corpo e com a morte deste corpo ele definha, desintegrando-se  em não existência. Tendo seu corpo morto e suas conseqüentes relações com o universo cortadas fica sem opção se não esperar o próprio declínio e retorno ao Todo. Certo?

Errado. Em algum momento da história pela primeira vez (e o padrão certamente então se repete até hoje em casos espalhados pelo globo) um ser fez o impensável. Desafiou a morte.

A idéia no fundo não é realmente bem simples. Partindo da lógica que o Ego é alimentado pelo corpo é de se supor que há certa quantidade de vitae acumulada no Ego ( acumulo que inclusive permite a vida do Ego mesmo após alguns dias da morte do corpo). Se há energia acumulada no Ego sem corpo, claramente há energia no Ego que ainda mantêm suas ligações com o Mundo físico. O que o Corpo astral faz é então atacar o corpo astral dos vivos e garantir energia para mais um período de vida. O esquema abaixo tenta passar o conceito:

                                                                               
                                                    [EGO - SELF]
                                                             /            
                                                            |
                                                            |
                                                        (vitae)      
                                                            |
                                                            |                 
      [MUNDO FÌSICO]---(vitae) ---->[CORPO] ---(vitae)---- >[EGO - SELF]   


Como a drenagem é feita, depende da técnica usada que pode ser fruto do instinto de sobrevivência do agora Vampiro ou fruto de técnicas desenvolvidas e treinadas durante a vida física do mesmo. Sendo a noite o período que a maioria das pessoas dorme e portanto recarrega seus corpos astrais com a energia colhida graças a  seus corpos físicos, é a noite que as drenagens geralmente ocorrem.  A pessoa atacada pode Ter visões do astral em sues próprios sonhos e se sentir ameaçadas, fato que pode Ter dado origem a toda a sorte de lendas sobre os vampiros.

Pode ser alegado agora que então seria possível utilizar dessas técnicas para poder-se viver no mundo físico sem a necessidade de alimentação ou qualquer outro tipo de nutrição. O autor não nega essa possibilidade, mas lembra que grupos como Temple of Azathoth e Temple of The Vampire defendem que há uma transformação da energia quando esta é transferida do corpo físico para o astral nas horas de sono.  Enquanto uma é química a outra é mais sutil e se a
re-transformação desta energia sutil captada no astral para a energia química do corpo não for possível então esta possibilidade esta descartada.

Neste aspecto é notório que existem relatos no mundo todo de pessoas que conservam o corpo físico como se estivessem vivos, isso é muito comum na história dos santos, que diga-se de passagem recebem energia gratuita das centenas de adoradores e fiéis espalhados pelo mundo todo. Na mesma sorte de vampirismo passivo pelos quais se conservam fortes os Espíritos Vampiros das Organizações supracitadas.

Já que falamos nestas organizações vampíricas, é importantíssimo notar seu real funcionamento.  Basicamente elas se estruturam numa hierarquia na qual o adepto à se tornar um futura vampiro deve servir aos "Vampiros Não-mortos". Sendo assim o adepto coloca-se no papel de presa e têm a sua força vital drenada pelos predadores astrais. Em troca disso os predadores irão ensinar técnicas de drenagem e conhecimentos que facilitarão sua entrada para o "outro mundo". Dito isso fica o alerta, apesar do pouco do que sei sobre vampirismo ser frutos não só do estudo mas também dos insights fornecidos pelos chamados "Vampiros Não-Mortos", no entanto após um período de contato fica claro que a troca passa a ser desigual e o a condição de gado astral é tomada pelo praticante.

Além disso um vampiro que estude as técnicas e faça as os rituais das seguintes ordens por conta própria, não têm como ter sucesso em sua empreitada se o fizer isoladamente. As Organizações são criadas de forma que cada praticante consiga garantir a próxima geração de adoradores dos vampiros, enquanto que um vampiro solitário não terá a quem o fornecer energia e acabará por perecer, sendo sua única alternativa a caça astral por suas próprias mãos.

Desta forma fecho o presente capítulo sobre a minha visão pessoal sobre vampirismo fruto dos meus conhecimentos como se apresentam agora. Muitos dos conceitos apresentados levam a conclusões lógicas e a e conseqüências de raciocínio que tornaria o trabalho longo demais e que espero poder retomar em outra oportunidade.



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