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7 de julho de 2011

Goetia - V - Os Materiais ( continuação )

A Baqueta


Este é um artigo sobre a baqueta, após sua leitura conheça alguns produtos relacionados.
A baqueta ( ou cajado), se comparada com os outros instrumentos da ARTE, pode ser considerada, sem sombra de duvida, o mais importante entre eles. Sendo essencialmente um símbolo fálico, o bastão representa a presença e o poder do eu criador e da vontade manifesta do magista. O bastão deve assim ser reto e poderoso, uma figura digna de sua força divina. (Note "E ele regerá as nações com a vara de ferro" Apc 2,27).
A baqueta representa por extensão o equilíbrio mágico pois corresponde, na arvore da vida ao pilar do meio, cuja soma é 463 -- consulte para isso o SEPHER SEPHIROT de A. Crowley. Portanto ela é o caminho que conduz diretamente do reino a coroa e vice versa. Ou seja através dela é que a energia descerá do céu até a terra, pelo fio condutor de cobre que a varinha deveria ter segundo a tradição, como é exposto em algumas clavículas de salomão; o cobre aqui representaria o amor que une os dois pólos imantados e conduz a energia, pois é um metal correspondente a Vênus: a amante. além disto, seria desnecessário dizer que a baqueta é essencialmente dupla assim, tal como a eletricidade tem nos circuitos seu veiculo de atuação a baqueta seria então este veiculo que corresponde ao transmissor da ordem do agente para o objeto
Diversos autores poderão lhe dar descrições detalhadas sobre a confecção deste artefato, se por exemplo, as orientações de Lévi sobre a aquisição da baqueta forem seguidas, então “esse instrumento deveria confeccionado de um galho perfeitamente reto da amendoeira ou aveleira, galho este cortado da árvore sem entalhamento e sem hesitação de um só golpe com uma faca afiada. Isso deve ser feito antes do nascer do sol e na estação em que a árvore estiver prestes a florescer. O galho deverá ser submetido a um meticuloso procedimento de preparação, sendo despojado de suas folhas e brotos, as ascas removidas e as extremidades aparadas cuidadosamente e os nós aplainados” Segue-se daí mais diversas instruções que podem ser lidas em Dogma e Ritual de Alta Magia.
Esta forma de aquisição da baqueta, não é a única, mas guarda algo em comum com todas as outras. É demorada, complicada e desafiadora. No final de contas, o mais importante é o exercício e desenvolvimento da vontade submetido a uma forte prova. Nas palavras de Israel Regardie, em A Árvore da Vida:
"O mago que se incomodou a ponto de se levantar duas ou três vezes á meia-noite por seu bastão, negando-se o repouso e sono, terá pelo próprio fato de ter assim agido, se beneficiado consideravelmente no que diz respeito à vontade".
Ou como Eliphas Leví completou em Dogma e ritual da Alta magia:
“O camponês que cada manhã se levanta às duas ou três horas e caminha para longe do conforto de sua cama para colher um ramo da mesma planta antes do nascer do sol, pode realizar inúmeros prodígios simplesmente portando a plana”.
É por isso que uma baqueta comprada ou ganhada de presente não têm qualquer valor para o adepto. Sendo conquistado a duras penas a baqueta passa a representar a palavra, o verbo ativo da vontade direcionada. Só tendo a própria vontade sob controle tem-se controle sobre as vontades alheias e o magista fará isso através da sua baqueta.
Não é a baqueta que deve controlar o mago, mas o contrário. Também não é aconselhável que se perca tempo com brincadeiras inúteis ou com fantasias estilo ocus pocus porque a baqueta, assim como a vontade do operador deve ser considerada no mais absoluto respeito uma vez que é um instrumento de criação, fruto de sua mais forte vontade. Tal como um homem castrado, o magus sem a baqueta nada pode fazer senão destruir.
Por sua importância e valor a tradição sempre defendeu que a baqueta deveria ser a medida de todo o templo. Como está escrito: “Foi me dada uma vara como régua com as palavras: "Eleva-te e mede o templo de Deus, o altar e aqueles que nele adoram.” [Apc 11,1]. Ela deveria, portanto, ser do tamanho do antebraço, do palmo ou da pegada do magista e a partir desta medida básica seriam feitos o altar e dispostos os demais instrumentos ao redor do mesmo.
Mas todos estes detalhes técnicos só estão aqui colocados com o fito único de expor de maneira sucinta a proporção da importância deste instrumento e o poder que ele representa dentro do circulo. E assim o magista poderá conhecer a arte da baqueta com a qual fará as invocações e comandará os espíritos conforme o maestro rege sua orquestra.


O Circulo Mágico

Este é um artigo sobre o círculo mágico, após sua leitura conheça alguns produtos relacionados.
O LEMEGETON nos trás O circulo em sua forma tradicional como utilizado na Teurgia Qabalistica desde os primórdios do velho aeon. (ver figura no início do tomo já com as cores corretas). Este é rodeado de quatro pentagramas (contendo o tetragramaton), nos quais em cada um uma vela irá arder durante o ritual.
Embora seja dito que o circulo deva ter o diâmetro de 9 pés [2,97m], a verdade é que muitas pessoas simplesmente não dispõem de um espaço grande os suficiente para seus rituais. O tamanho só é importante no tocante de ter-se liberdade o suficiente de movimentação.
A serpente enroscada só é mostrada em alguns casos, os nomes hebraicos na maioria das vezes são simplesmente escritos em forma espiralada entre os dois círculos. Devemos lembrar que, ao contrario do português, o Hebraico e sempre da direita para esquerda. Estes nomes são os nomes divinos ou de Anjos e Arcanjos identificados pelos cabalistas como pertencentes a cada uma das nove primeiras Sephiroth ou emanações divinas. As pequenas cruzes de Malta são usadas para marcar separação. A Tradução para o português corrente começando da cabeça da serpente é:
  • Ehyeh Kether Metatron Chaioth Ha-Qadehs Rashith Ha-Galgalim 
  • lah Chokmah Ratziel Auphanim Masloth 
  • Iehovah Eolhim Binah Tzaphquiel Aralim Shabbathai 
  • El Chesed Tzadquiel Chaschmalim Tzedeq 
  • Elohim Gibor Geburah Kamael Seraphim Madim 
  • Iehovah Eloah Va-Daath Tiphereth Raphael Malakim Shemesh 
  • Iehovah Tzabaoth Netzach Haniel Elohim Nogah 
  • Elohim Tzabaoth Hod Michael Beni Elohim Kokav 
  • Shaddai El Chai lesod Gabriel Cherubim Levanah 
Que fique claro ara o adepto que estes mesmos nomes não constituem um dogma imutável. pode-se escolher livremente um ou vários nomes com os quais o Magista tenha especial afeição, desde que as cores respectivas e o simbolismo básico no que se refere à distribuição destes nomes no circulo sejam convenientemente respeitados. É de se esperar que os Magistas percebam logo que os nomes divinos na invocação, aqueles utilizados para submeter as entidades não é outro senão o próprio Magista. "Não há deus senão o homem" Liber AL.
De fato, dentro do circulo o magista é Deus Absoluto e único é o espírito que ordena os quatro elementos designados em cada quadratura. O circulo é usado para afirmar e caracterizar a natureza da obra a ser executada e é por excelência o campo de atuação da vontade do magista.
Ora, se o mago é o elemento principal, o espírito, nada mais adequado que ele seja identificado com o principio, e portanto o portador do verbo. Sem o espírito toda a matéria seria um caos desordenado e estéril, posto que é o espírito que dirige e organiza os elementos no ato de creação (ou criação, com o queira).
O circulo é portanto apenas uma representação simbólica do universo, ao traçar o circulo, o adepto traça o seu espaço infinito, dentro do próprio infinito, o todo dentro de tudo em sua manifestação mais obvia. Sendo infinito fica claro o porque da figura ser um circulo e não um triângulo ou um quadrado; afinal, muito embora o circulo se identifique de modo bastante explicito com estes polígonos como é do conhecimento dos Adeptos mais avançados e experientes, “No circulo de atuação”, como nos lembra Eliphas Lévi, “o Mago cria aquilo que afirma.”
O que ele afirma nos limites do seu circulo esta automaticamente manifesto. O Magista é aquele que diz e é feito. A palavra ABRAHADABRA [eu crio enquanto eu falo] é um exemplo tanto desta doutrina como do que é feito em qualquer trabalho mágico. 



O Triângulo


Triangulo
Esta é a forma do triangulo usado para comandar os espíritos goéticos. Deve ser feito com 2 pés [66cm] de distância do círculo mágico e tem 99cm de diâmetro (ver figura acima). Da mesma forma que o circulo, o triangulo pode ser feito com giz ou fita adesiva. Alguns magistas se acostumaram a usar uma folha grande de papel cartão preto com os nomes em dourado. O triangulo deveria estar sempre apontado para a direção a qual pertence o espírito invocado e a base do triângulo fica de qualquer forma sempre para o lado do circulo.
O triângulo é, em si mesmo um símbolo filosófico perfeito de manifestação. Representando as primeiras manifestações cósmicas ou as três Sephiroth maiores dos mundos superiores, o tangível daquilo que anteriormente era pensamento, invisível e metafísico. Tal como a primeira tríade representa a primeira manifestação completa do círculo de Ain Sofh, do mesmo modo em Goétia, o triangulo é responsável pelo manifestar-se dos poderes que estavam até então ocultos para os olhos vulgares. Do círculo da consciência, que é o universo do mago, uma idéia partitiva e especial é convocada à manifestação no interior do triângulo.


O Hexagrama de Shlomo


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Eis o Hexagrama Salomônico, o qual deve ser confeccionado com pergaminho preparado com a pele de uma vitela e usado sobre a saia de vosso robe branco e coberto com o pano de linho branco e será mostrado ao espírito quando este se manifestar, compelindo-o a tomar forma real e tornar-se dócil.
Um Hexagrama é uma estrela de seis pontas. Formada por dois triângulos sobrepostos. A interpretação tradicional vê nele um triângulo feminino, “aquoso” ( orientado para baixo ) e um masculino “ígneo” (orientado para cima). Representam o universo dualístico em perfeita harmonia. Basicamente o sistema Goétia estabelece que quando o Hexagrama é mostrado para o espírito este irá obedecer seu possuidor. O Hexagrama deve ser mantido coberto até o espírito ser invocado. A Tradição diz que o hexagrama deverá ser mantido sob as vestes cerimoniais até o momento de comandar o espírito, mas pode alternativamente ser colocado de frente para o triangulo e coberto com um pano. Obviamente ele não tem que ser feito necessariamente de pergaminho, podendo ser desenhado inclusive em sulfite e papel cartão.


O Pentagrama de Shlomo

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Esta é a forma do Pentagrama de Shlomo, usado para proteger o conjurador e dar poder sobre o espírito. Os magos medievais o construíam de uma liga de ouro e prata, e o carregavam sobre o peito. Mas o medalhão pode se feito sem problemas com os discos de metal que podem ser comprados em ateliês e lojas de arte. O comum é ter-se um novo pentagrama a cada evocação uma vez que o selo do espírito deverá ser gravado nas costas do medalhão.


O Disco de Shlomo


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Esta é a forma do anel ou disco de Shlomo. Deve ser de prata ou ouro e usado diante da face do magista para preservá-lo das emanações sulforosas provenientes da respiração fétida flamejante dos espíritos infernais. Em termos práticos é um artefato de proteção usado somente em situações emergenciais. Se por algum motivo a situação sair fora de controle, possuir o anel ou o disco de shlomo será uma garantia de sua segurança. Raramente usado o disco é mais mantido com o conjurador durante o ritual por motives de precaução. A maioria das joalherias de hoje possuem serviços de gravação que poderá ser útil na criação tanto deste como de outros acessórios.



O Selo Secreto de Shlomo

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Este é o selo secreto com o qual Shlomo selou a Arca de Bronze na qual confinou os espíritos e suas legiões. Aquele que for criá-lo deve purificar-se interna e externamente, não ter intercurso sexual no espaço de um mês e entregar-se em orações e preces para que Deus perdoe seus pecados.
Deve de ser feito no dia Marte ou Saturno (Terça ou Sábado) a meia noite, e ser escrita num pergaminho virgem com o sangue de um galo preto virgem. A lua deve estar exaltada (de nova para cheia)na casa zodiacal de Virgem. E quando o selo estiver pronto deve ser incensado com alumen e pedaços secos de aloés secos ao sol, e também de tâmaras e liga ou seiva de cedro.
Além de selar a Arca de Bronze com este selo, este possui também virtudes de atrair a simpatia de toda sorte de pessoas e livrar dos perigos do fogo, da água e domínio em todas as batalhas.



A arca de bronze de Shlomo



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Este é o modelo da Arca Brônzea de Shlomo. Algumas versões mais complexas trazem nomes divinos gravados em hebraico. (Podemos encontrar paralelo a esta arca se retomarmos a história do Gênio e do Pescador, no clássico árabe Mil e uma Noites. Neste conto entretanto havia apenas um gênio que se dizia chamar Sakhr, or Sacar.)
Como já foi dito a Arca pode ser usada da mesma forma que o triangulo para se conjurar um espírito e o Selo Secreto de Shlomo servirá como selagem da arca.


Os selos dos espíritos

Os Selos de cada um dos Espíritos, como foram revelados na primeira parte do livro, deverá ser desenhado em um circulo no metal correspondente a sua hierarquia. Mas muitos praticantes de hoje optam por gravá-los em papel ou cartão grande o suficiente para preencher o centro do triângulo. Tal conversão não diminuiu em nada a eficácia do sistema. O Selo é um instrumento de focalização para a mente do mago e um sigilo em si mesmo que permite a chegada do espírito após invocação. 


O diário de Registros

Este é um artigo sobre o diário de registros, após sua leitura conheça alguns produtos relacionados.
Durante o trabalho das invocações seria bastante vantajoso que o adepto fizesse uso de uma espécie de diário onde ele lançaria livremente sus impressões acerca dos experimentos empreendidos. Este diário facilitaria a consulta ou mesmo alguma revisão que o magista porventura viesse a necessitar.
Nele estariam todos os experimentos registrados, e este registro deveria ser o mais completo possível, em todos os detalhes. Não só as impressões rituais devem ser registradas, mas também qualquer sentimentos ou experiência não usual que venha ocorrer no período de ação do espírito evocado, na preparação da câmara ritual ou mesmo em sonhos significativos.


Outros Materiais

Algumas pessoas defendem que a fumaça do incenso e um espelho negro podem ser usados como meio de materializarão do espírito e que por isso deveria ser posta dentro do triangulo. Seja isso verdade ou não a fumaça e o aroma são certamente estímulos sensórios que poderiam ajudar no trabalho. Se o uso de incenso for feito. Uma mistura de artemísia e absinto poderia ser considerada, por suas qualidades indutoras de visualizações. Completando o ambiente ritual, talvez seja interessante colocar alguma música de fundo que ajude a manter e criar uma atmosfera adequada. Pode ser útil também decorar a câmara ritual no estilo do espírito que será invocado. Usando por exemplo artefatos e decoração egípcias para os espíritos desta procedência. Um punhal pode ser usado com a mesma função da Baqueta em casos de banimentos.
Alguns outros acessórios talvez sejam úteis de se usar, mas a maioria deles depende mais de um gosto pessoal do que uma real necessidade. Uma mitra, uma capa, uma veste branca longa do linho e outros trajes similares, perfumes e quem sabe um fogareiro com carvão de madeira doce para incensar o ambiente das operações. Alguns adeptos utilizam óleos para ungir o templo e seus corpos e água benta para as abluções rituais também é com certa freqüência utilizada - como foi dito por Davi: "purifica-me e eu serei mais branco que a neve."




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