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28 de maio de 2007

Belial (Demônio)

Beliel ou Belial ou Beliar - Outro nome para Baal. Personagem da mitologia cananita que determinava este Beliel como o adversário do povo "escolhido". Beliel é mencionado também no novo testamento como o oposto da luz, do bem e de Jesus Cristo.
Do hebraico - "Bliol" (o fraco) Seria o mais importante demónio na Terra, que comandava as forças da escuridão contra os "filhos da luz" que serviam
Satã.
Criado junto com
Lúcifer, de Beliel foi dito - rei do inferno - e comandante de 80 legiões. É o 68º espirito listado na Goetia.

Referencias Góticas

Beliel ou Belial é o Rei-Comandante de Sheol (parte das regiões infernais). Na demonologia cristã, é reconhecido como um antigo Anjo da Virtude, que após a queda junto com Lúcifer, foi transformado no demônio da arrogância e da loucura, ocupava o posto que agora pertence a Arcanjo São Miguel. Ele aparece na forma de dois anjos sentados em uma carruagem de fogo.

Etimologia

Belial (também conhecido como Belhor, Baalial, Beliar, Beliall, Beliel; do idioma hebreu, temos Bliyaal בליעל - (Significado:sem valia). Em livros antigos dos judeus, as crianças não circuncidadas eram alcunhadas como "filhos de Belial".
A etimologia para seu nome é incerta. Alguns estudiosos verteram diretamente do hebreu como "sem valor" (Beli yo'il), enquanto outros traduziram como "não escravizado" (Beli ol), "O que não tem derrotas" (Belial) ou "nunca vencido" (Beli ya'al). Apenas alguns poucos etimologistas assumiram essas transcrições literais como origem de suas pesquisas.
Beliar significa sem valor. O próprio Beliar nos diz no
Evangelho de Bartolomeu que "Em primeiro lugar eu era chamado Satanel, que era interpretado como mensageiro de Deus, mas quando rejeitei a imagem de Deus, meu nome foi mudado para Satanás, que é o anjo que guarda o Inferno".


Ele não pode resistir a tentação de gabar-se, "Eu era o primeiro dos anjos". Miguel supostamente era o segundo, Gabriel o terceiro, Uriel o quarto e Rafael o quinto. O orgulho desse anjo era verdadeiro pois seus irmãos são conhecidos como Anjos da Vingança.

Diabo

O Diabo (do latim diabolu, "demônio") é o nome dado à entidade sobrenatural, conceito originário de Satanás, da tradição judaico-cristã. É a representação do mal, não necessariamente com uma forma, mas muitas vezes associada à cor vermelha, com feição humana, mas com chifres, rabo pontiagudo e um tridente na mão, para remeter a um cetro. É importante ressaltar que essa imagem foi feita pela igreja católica. Como ela sempre perdeu seus fiéis para o paganismo, ela pegou um elemento de cada Deus pagão, e uniu-os, para que toda vez que um de seus fiéis olhasse para um deus pagão sentisse medo, associando-o a Satanás. Assim a perda de fiéis diminuiu notávelmente. Muitas vezes, também, a imagem corresponde a de um ser metade humano metade bode, com o pentagrama invertido inscritos no corpo (imagem de Baphomet), embora não tenha ligação com Baphomet, que foi a imagem iniciada pela Igreja Católica.

Nomes Populares

Rei, Príncipe ou Senhor das Trevas, do Inferno ou do Submundo. Sete-Pele, Cramunhão, Gramunhão, Carcará, Tranca-Rua, Gela-Perna, Prende-Dedo, Queixudo, Capeta, Capa-Verde, Chifrudo, Pé-de-Bode, Capiroto, Coisa-Ruim, Demo, Rabo-de-Seta, Belzebu, Satanás, Cão, Azarape, Lúcifer, Mefisto, Tinhoso, Rubro, Cascudo, Dito-Cujo, Satã, Bizonho, Exu, Besta, Maligno, Traquina, Chupa-Cabra, Azedo, Peste, Tição, Carrancudo, Canhestro, Feio, Canhoto, Esmolambado, Sarnento, Danado, Maldito, Manco, Arrenegado, Excomungado, Baal, Crinado, Invertido, Anjo-Caído, Estragado, Deusmoleque, Guarda-mãe, Lanfranhudo, Salta-Moita, Fedorento, Sinistro ou, simplesmente, Aquele.
Cientologia
Na Cientologia, "diabo" ou "Satanás" não é visto como algo vivo ou espiritual, tal palavra encaixa-se ao lado mau da vida, como quando ocorrem catástrofes. A cientologia não acredita na existência de um suposto ser do mau, simplesmente interpreta o seu nome de forma diferente, como sendo uma representação para sentimentos humanos.
Cristadelfianos
Os Cristadelfianos não acreditam que o diabo seja um anjo caído, mas sim uma personificação do pecado manifesto em indivíduos, associações/governos civis e eclesiásticos. Não acreditam num anjo caído porque todos os anjos segundo o que entendem por Verdade Bíblica não pecam. Entre outras explicações dizem que o salário do pecado é a morte e se os anjos são imortais logo não pecam.
Cristianismo
O Diabo no Cristianismo é Satanás, que já foi um anjo de luz e estava junto a Deus, e seu nome era Lúcifer (do hebraico hêlîl, "estrela da manhã", Lúcifer foi a tradução mais próxima). Houve uma rebelião nos céus, onde Deus lançou Lúcifer à Terra, junto com seus anjos seguidores, onde ele se tornou o Mal que habita a Terra, e indo contra Deus, hoje é o responsável pelo pecado no homem, que iniciou-se em Adão e Eva, no jardim do Éden, onde o Diabo teve sua primeira aparição, em forma de uma serpente, que persuadiu Eva a comer o fruto do conhecimento do bem e do mal, fazendo que o pecado entrasse no homem (Pecado Original).
Na teologia Católica, especialmente Agostiniana, o Diabo é a representação de tudo o que Deus não representa, perversidade, apatia, tentação, luxúria, morte, destruição, como Deus representando a Luz, que existe, e o demônio as trevas, ou seja, a ausência da Luz.
Espiritismo
Conforme a Doutrina Espírita, constitui-se a personificação do mal; é um ser alegórico, resumindo em si todas as paixões más dos Espíritos imperfeitos. É sinônimo de demônio, que por sua vez, são seres incorpóreos, bons ou maus. Nas línguas modernas, esta palavra é geralmente tomada em má acepção, que se restringe aos gênios malfazejos. Segundo o Espiritismo, não há demônio no sentido de seres criados para o mal e eternamente desgraçados, mas sim significando Espíritos imperfeitos, que podem, todos, aperfeiçoarem-se por seus esforços e pelo poder de sua vontade.
Satanismo
No Satanismo, Satanás (não existe Diabo) não é visto como uma entidade viva, mas sim como um símbolo de vitalidade, poder, virilidade, sexualidade e sensualidade. Satanás é visto como uma força da natureza, não uma deidade viva. O conceito a respeito de Satanás não tem nada que ver com o Inferno, demônios, tortura sádica ou o Mal. Satanás não passa de representações para sentimentos naturais humanos.
Zoroastrismo
No Zoroastrismo, uma possível analogia ao Diabo seria à Angra Mainyu (Ahriman em persa), inimigo de Ahura Mazda (Aúra-Masda)

Arimã

Arimã, ou Arimane para os seguidores do zoroastrismo, é o nome do senhor das trevas.
Em oposição a seu irmão, Aúra-Masda, Arimã deseja levar os homens à devassidão e corrupção. Ele é o senhor das trevas que cegam os homens que buscam a verdadeira visão - seus métodos são vis e enganadores, ele corrompe os homens com desejos que os desviam da "trilha verdadeira". Ele é o senhor de todos os Devas (deuses malignos), e os utiliza em todos os seus propósitos malignos.

Imagem

Representado por uma criatura humanoide e negra, Arimá ou Arimane era temido por todos os Devas, especialmente por seu semblante sinistro. Ele trajava uma armadura completa, mas de suas ombreiras saiam serpentes vivas que envenenavam todos aqueles que procuravam pela pureza.
Antropologia
Arimã ou Arimane é um arquétipo mitológico semelhante ao Satã judaico-cristão, mas não se sabe se este deriva de Arimã, ou se o contrário é o verdadeiro, embora o antropólogo Joseph Campbell afirme que o zoroastrismo foi o primeiro Monoteismo Ortodoxo amplamente aceito. É bom lembrar que os hebreus cultuavam seu Deus, mas este possuia dez manifestações, o que pode ser quase considerado um politeismo. Os Zoroastristas por sua vez, acreditavam que não existia deus se não Aúra-Masda.
Indiferente da origem, exatamente da mesma forma que o satã cristão, Arimã representa o lado negro da alma de todos os homens, o ego que os guia a prazeres fúteis e os afasta de tudo o que é bom.

Adramelech

Adramelech é um dos dez sephiroths negativos, comandados por Samael, o Anjo do Envenenamento. Seu culto teve (provável) origem na Síria, mais tarde sendo introduzido na Samária. Nos cultos a Adramelech, crianças eram sacrificadas.
Na demonologia, Adramelech é considerado o grande embaixador do inferno, superintendente do guarda-roupa do demônio e presidente do supremo concílio do inferno. Ele freqüentemente aparece sob a forma de uma mula ou um pavão.

Documento 53 - A REBELIÃO DE LÚCIFER

O LIVRO DE URANTIA
DOCUMENTO 53
A REBELIÃO DE LÚCIFER
“pois dentro de cada pecado está oculta a semente da sua própria destruição”; e que “a recompensa do pecado é a morte”.
Lúcifer era um brilhante Filho Lanonandeque primário de Nebadon. Ele havia experienciado o serviço em muitos sistemas, tinha sido um alto conselheiro do seu grupo e distinguiu-se pela sua sabedoria, sagacidade e eficiência. Lúcifer era o número 37 da sua ordem e, quando foi indicado pelos Melquisedeques, ele havia sido distinguido como uma das cem personalidades mais capazes e brilhantes entre mais de setecentos mil da sua espécie. Vindo de um começo tão magnífico, ele abraçou o pecado, por intermédio do mal e do erro, e agora está numerado como um dos três Soberanos de Sistemas em Nebadon que sucumbiram ao impulso do ego e se renderam aos sofismas da liberdade pessoal espúria – a rejeição da lealdade universal, a desconsideração pelas obrigações fraternais e a cegueira para as relações cósmicas.
No universo de Nebadon, domínio de Cristo Michael, há dez mil sistemas de mundos habitados. Em toda a história dos Filhos Lanonandeques, durante todo o trabalho deles em todos esses milhares de sistemas e na sede central do universo, apenas três Soberanos de Sistemas desrespeitaram o governo do Filho Criador.
1. OS LÍDERES DA REBELIÃO
Lúcifer não era um ser ascendente; ele era um Filho criado do universo local e dele foi dito: “Eras perfeito em todos os teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que a falta de retidão fosse encontrada em ti”. Muitas vezes, ele esteve em conselho com os Altíssimos de Edêntia. E Lúcifer reinou “sobre a montanha sagrada de Deus”, a montanha administrativa de Jerusém, pois era o dirigente executivo de um grande sistema de 607 mundos habitados.
Lúcifer era um ser magnífico, uma personalidade brilhante; ele estava ao lado dos Pais Altíssimos das constelações, na linha direta da autoridade no universo. Não obstante a transgressão de Lúcifer, as inteligências subordinadas abstiveram-se de demonstrar-lhe desrespeito e desdém, antes da auto-outorga de Michael em Urântia. Mesmo o arcanjo de Michael, na época da ressurreição de Moisés, “não fez contra ele um juízo de acusação, mas simplesmente disse: ‘que o Juiz te repreenda’”. O julgamento dessas questões pertence aos Anciães dos Dias, os governantes do superuniverso.
Lúcifer agora é o Soberano caído e deposto de Satânia. A auto-admiração é sumamente desastrosa, até mesmo para as elevadas personalidades do mundo celeste. De Lúcifer foi dito: “O teu coração enalteceu-se por causa da tua beleza; tu corrompeste a tua sabedoria em vista do teu esplendor”. O vosso profeta de outrora percebeu esse triste estado, quando escreveu: “Como caíste dos céus, ó Lúcifer, filho da manhã! Como foste abatido, tu que ousaste confundir os mundos!”
Pág. 602
Quase nada foi ouvido sobre Lúcifer em Urântia, devido ao fato de que ele designou o seu primeiro assistente, Satã, para advogar a sua causa no vosso planeta. Satã era um membro do mesmo grupo de Lanonandeques primários, mas nunca havia funcionado como um Soberano de Sistema; e participou totalmente da insurreição de Lúcifer. O “diabo” não é nenhum outro senão Caligástia, o Príncipe Planetário deposto de Urântia e um Filho Lanonandeque da ordem secundária. Na época em que Michael esteve na carne em Urântia, Lúcifer, Satã e Caligástia aliaram-se para causar juntos o insucesso da sua missão de auto-outorga. Todavia, fracassaram visivelmente.
Abaddon era o dirigente do corpo de assistentes de Caligástia. Ele seguiu o seu chefe na rebelião e, desde então, tem atuado como chefe executivo dos rebeldes de Urântia. Belzebu foi o líder das criaturas intermediárias desleais que se aliaram às forças do traidor Caligástia.
O dragão afinal tornou-se a representação simbólica de todas essas personagens do mal. Com o triunfo de Michael, “Gabriel veio de Salvington e acorrentou o dragão (todos os líderes rebeldes) por uma idade”. Dos rebeldes seráficos de Jerusém, está escrito: “E os anjos que não mantiveram o seu estado original e que deixaram a sua própria morada, ele os prendeu nas correntes seguras da obscuridade para o grande dia do julgamento”.
2. AS CAUSAS DA REBELIÃO
Lúcifer e o seu primeiro assistente, Satã, haviam reinado em Jerusém por mais de quinhentos mil anos, quando, nos seus corações, eles começaram a alinhar-se contra o Pai Universal e o Seu Filho, então vice-regente, Michael.
Não houve qualquer condição peculiar ou especial, no sistema de Satânia, que sugerisse ou favorecesse a rebelião. Acreditamos que a idéia teve origem e forma na mente de Lúcifer, e que ele poderia ter instigado tal rebelião, não importa onde ele estivesse servindo. Lúcifer primeiro anunciou os seus planos a Satã, mas foram necessários vários meses para corromper a mente do seu parceiro capaz e brilhante. Contudo, uma vez convertido às teorias rebeldes, ele tornou-se um defensor ousado e sincero da “afirmação de si e da liberdade”.
Ninguém jamais sugeriu a Lúcifer a rebelião. A idéia da auto-afirmação, em oposição à vontade de Michael e aos planos do Pai Universal, tal como representados por Michael, teve sua origem na própria mente de Lúcifer. As relações dele com o Filho Criador tinham sido estreitas e sempre cordiais. Em nenhum momento, antes da exaltação da sua própria mente, Lúcifer exprimira abertamente insatisfação com respeito à administração do universo. Não obstante o seu silêncio, por mais de cem anos do tempo-padrão, os Uniões dos Dias em Salvington haviam informado, por refletividade, para Uversa, que nem tudo estava em paz na mente de Lúcifer. Essa informação foi também encaminhada ao Filho Criador e aos Pais da Constelação de Norlatiadeque.
Ao longo desse período, Lúcifer tornou-se cada vez mais crítico de todo o plano da administração do universo, no entanto, sempre professou lealdade sincera aos Governantes Supremos. A sua primeira deslealdade, manifestada abertamente, aconteceu por ocasião de uma visita de Gabriel a Jerusém, poucos dias antes da proclamação aberta da Declaração de Lúcifer pela Liberdade. Gabriel ficou muito impressionado, tão profundamente que teve a certeza da iminência de uma ruptura e foi a Edêntia, diretamente, para conferenciar com os Pais da Constelação sobre as medidas a serem tomadas no caso de uma rebelião declarada.

É muito difícil apontar uma causa, ou as causas exatas, que finalmente culminou na rebelião de Lúcifer. Estamos certos quanto a uma única coisa, e esta é: quaisquer que tenham sido as causas iniciais, elas tiveram a sua origem na mente de Lúcifer. Deve ter havido um orgulho do ego, por si mesmo nutrido, a ponto de levar Lúcifer a iludir a si próprio, de um modo tal que, durante um certo tempo, realmente ele se persuadiu de que a sua idéia rebelde era, de fato, para o bem do sistema, se não do universo. Quando os seus planos haviam já sido desenvolvidos, a ponto de levá-lo à desilusão, não há dúvida de que ele tinha ido longe demais, para que o seu orgulho original, gerador da desordem, lhe permitisse parar. Em algum ponto nessa experiência, ele tornou-se insincero, e o mal evoluiu para o pecado deliberado e voluntário. A prova de que isso aconteceu está na conduta subseqüente desse brilhante executivo. A ele foi oferecida, desde longa data, a oportunidade para o arrependimento; no entanto, apenas alguns dos seus subordinados aceitaram a misericórdia proferida. Os Fiéis dos Dias de Edêntia, a pedido dos Pais da Constelação, apresentaram pessoalmente o plano de Michael para a salvação desses rebeldes flagrantes, mas a misericórdia do Filho Criador foi sempre rejeitada, e rejeitada com um desprezo e um desdém sempre maiores.
3. O MANIFESTO DE LÚCIFER
Quaisquer que tenham sido as origens primeiras do desacerto nos corações de Lúcifer e de Satã, a explosão final tomou a forma da Declaração de Liberdade de Lúcifer. A causa dos rebeldes foi declarada em três pontos principais:
1. A realidade do Pai Universal. Lúcifer alegava que o Pai Universal não existia realmente, que a gravidade física e a energia do espaço eram inerentes ao universo e que o Pai era um mito, inventado pelos Filhos do Paraíso, para capacitá-los a manterem o governo dos universos em nome do Pai. Ele negava que a personalidade fosse uma dádiva do Pai Universal. E, até mesmo, sugeria que os finalitores estivessem em conspiração com os Filhos do Paraíso, para impor a fraude a toda a criação, posto que nunca voltavam trazendo uma idéia suficientemente clara da personalidade autêntica do Pai, tal como se pode discerni-la no Paraíso. Ele lidava com a reverência como uma ignorância. A acusação era radical, terrível e blasfema. Foi esse ataque velado contra os finalitores, sem dúvida, que influenciou os cidadãos ascendentes, então em Jerusém, levando-os a permanecerem firmes e a manterem-se constantes, resistindo a todas as propostas rebeldes.
2. O governo universal do Filho Criador – Michael. Lúcifer sustentava que os sistemas locais deveriam ser autônomos. Ele protestava contra o direito de Michael, o Filho Criador, de assumir a soberania de Nebadon, em nome de um Pai do Paraíso hipotético; e de exigir de todas as personalidades que reconhecessem lealdade a esse Pai nunca visível. Ele afirmava que todo o plano de adoração era um esquema sagaz para o engrandecimento dos Filhos do Paraíso. Ele estava disposto a reconhecer Michael como o seu Pai-Criador, mas não como seu Deus, nem como o seu governante de direito.
Lúcifer atacava, com muita amargura, o direito dos Anciães dos Dias – “potentados estrangeiros” – de interferir nos assuntos dos sistemas e universos locais. A esses governantes, ele denunciava-os como tiranos e usurpadores. E exortava os seus seguidores a acreditarem que nenhum desses governantes poderia fazer algo que interferisse na operação de conquista de um governo autônomo, desde que homens e anjos tivessem tão só a coragem para afirmar-se a si próprios e, com ousadia, reclamar os seus direitos.
Ele argumentava que os executores dos Anciães dos Dias poderiam ser impedidos de funcionar nos sistemas locais; bastava que os seres nativos.
4. A ECLOSÃO DA REBELIÃO
O manifesto de Lúcifer foi emitido no conclave anual de Satânia no mar de cristal, na presença das hostes reunidas de Jerusém, no último dia do ano, cerca de duzentos mil anos atrás, no tempo de Urântia. Satã proclamou que a adoração podia ser dedicada às forças universais – físicas, intelectuais e espirituais – mas que a lealdade poderia apenas ser dedicada ao governante atual e de fato, Lúcifer, o “amigo de homens e anjos” e o “Deus da liberdade”.
A auto-afirmação era o grito de batalha da rebelião de Lúcifer. Um dos seus argumentos principais era o de que, se o autogoverno era bom e justo para os Melquisedeques e outros grupos, seria igualmente bom para todas as ordens de inteligência. Ele era atrevido e persistente em advogar a “igualdade da mente” e “a irmandade da inteligência”. Sustentava que todo governo deveria ser limitado aos planetas locais e que deveria ser voluntária a confederação desses sistemas locais. Ele rejeitava qualquer outra supervisão. Ele prometeu aos Príncipes Planetários que eles governariam os mundos como executivos supremos. Condenava a concentração das atividades legislativas na sede central da constelação e a condução dos assuntos judiciais na capital do universo. Argumentava que todas essas funções do governo deveriam ser centradas nas capitais dos sistemas e começou a estabelecer a sua própria assembléia legislativa e organizou os seus próprios tribunais, sob a jurisdição de Satã. Depois mandou que os príncipes dos mundos apóstatas fizessem o mesmo.
Todo o gabinete administrativo de Lúcifer seguiu-o em um só bloco e prestou um juramento público na qualidade de oficiais da administração da nova direção dos “mundos e sistemas liberados”.
Ainda que tenha havido anteriormente duas rebeliões em Nebadon, elas aconteceram em constelações distantes. Lúcifer afirmava que essas insurreições não tiveram êxito porque a maioria das inteligências não seguiu os seus líderes. Ele argumentava que a “maioria governa”, que “a mente é infalível”. A liberdade dada a ele pelos governantes do universo sustentou aparentemente muitas das suas opiniões nefandas. Ele desafiou todos os seus superiores; e, ainda assim, aparentemente, eles não deram atenção ao que ele fazia; e ele continuou livre para prosseguir no seu plano sedutor, sem empecílhos, nem entraves.
Lúcifer apontava todos os atrasos misericordiosos da justiça como evidência de incapacidade, da parte do governo dos Filhos do Paraíso, para conter a rebelião. Desafiava abertamente e, com arrogância, provocava Michael, Emanuel e os Anciães dos Dias; e então assinalava o fato de que nenhuma medida era tomada, como sendo uma evidência verdadeira da impotência dos governos do universo e do superuniverso.
Gabriel esteve pessoalmente presente durante o suceder de todos esses procedimentos desleais e apenas anunciou que iria, no devido tempo, falar por Michael, e que todos os seres seriam deixados livres e não seriam forçados nas suas decisões; que o “governo dos Filhos, em nome do Pai, desejava apenas a lealdade e a devoção voluntárias, de coração e à prova de sofismas”.
A Lúcifer foi permitido estabelecer totalmente e organizar cuidadosamente o seu governo rebelde, antes que Gabriel fizesse qualquer esforço para contestar o direito de secessão ou de contradizer a propaganda rebelde. Mas os Pais da Constelação, imediatamente, confinaram a ação dessas personalidades desleais ao sistema de Satânia. Esse período de demora, contudo, foi uma época de grande provação e de testes para os seres leais de todo o Satânia. Durante alguns anos, tudo ficou caótico e houve uma grande confusão nos mundos das mansões.
5. A NATUREZA DO CONFLITO
Quando estourou a rebelião de Satânia, Michael aconselhou-se com Emanuel, o seu irmão do Paraíso. Em seguida a essa importante conferência, Michael anunciou que seguiria a mesma política que havia caracterizado o tratamento que dera a levantes semelhantes no passado: uma atitude de não-interferência.
Na época dessa rebelião e das duas que a precederam, não havia nenhuma autoridade soberana absoluta e pessoal no universo de Nebadon. Michael governava por direito divino, como vice-regente do Pai Universal, mas não ainda pelo seu próprio direito pessoal. Ele não tinha completado a sua carreira de auto-outorgas; e ainda não havia sido investido com “todo o poder nos céus e na Terra”.
Desde o momento da eclosão da rebelião até o dia da sua entronização como governante soberano de Nebadon, Michael nunca interferiu nas forças rebeldes de Lúcifer; a elas foi permitido que tivessem um curso livre por quase duzentos mil anos do tempo de Urântia. Cristo Michael agora tem amplo poder e autoridade para lidar prontamente, e até mesmo sumariamente, com esses rompantes de deslealdade, mas duvidamos que essa autoridade soberana o levasse a agir diferentemente se outro desses levantes ocorresse.
Posto que Michael escolheu permanecer à margem da atividade da guerra, na rebelião de Lúcifer, Gabriel reuniu o seu corpo pessoal de assistentes em Edêntia e, em conselho com os Altíssimos, optou por assumir o comando das hostes leais de Satânia. Michael permaneceu em Salvington, enquanto Gabriel rumou para Jerusém e, estabelecendo-se na esfera dedicada ao Pai – o mesmo Pai
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Universal cuja personalidade Lúcifer e Satã punham em dúvida –, na presença das hostes reunidas das personalidades leais, Gabriel içou a bandeira de Michael, o emblema material do governo da Trindade para toda a criação, os três círculos concêntricos na cor azul-celeste sobre um fundo branco.
O emblema de Lúcifer era uma bandeira branca com um círculo vermelho ao centro, e dentro do qual se inseria um círculo todo em negro.
“Houve guerra nos céus; o comandante de Michael e os seus anjos lutaram contra o dragão (Lúcifer, Satã e os príncipes apóstatas); e o dragão e os seus anjos rebeldes lutaram, mas não prevaleceram.” Essa ‘guerra nos céus” não foi uma batalha física, como um conflito dessa ordem poderia ser concebido em Urântia. Nos primeiros dias da luta, Lúcifer permaneceu continuamente no anfiteatro planetário. Gabriel conduziu uma interminável exposição dos sofismas rebeldes da sua sede central estabelecida nas cercanias. As várias personalidades presentes à esfera, e que estavam em dúvida quanto à própria atitude, iam e voltavam em meio a essas discussões, até que chegaram a uma decisão final.
Mas essa guerra nos céus foi muito terrível e muito real. Ainda que não tenha exibido as barbaridades tão características da guerra física dos mundos imaturos, esse conflito foi muito mais mortal; a vida material fica em perigo no combate material, mas a guerra nos céus foi travada em termos de vida eterna.
6. UM COMANDANTE SERÁFICO LEAL
Houve muitos atos nobres e inspiradores de devoção e lealdade, realizados por inúmeras personalidades, no período entre a explosão das hostilidades e a chegada do novo governante do sistema com o seu corpo de assistentes, mas o mais emocionante de todos os feitos audaciosos de devoção foi a conduta corajosa de Manotia, o segundo no comando da sede central dos serafins de Satânia.
No eclodir da rebelião em Jerusém, o chefe das hostes seráficas uniu-se à causa de Lúcifer. Isso, sem dúvida, explica por que um número tão grande da quarta ordem, a dos serafins administradores do sistema, transviou-se. O líder seráfico ficou espiritualmente cego pela personalidade brilhante de Lúcifer; os seus modos encantadores fascinaram as ordens inferiores de seres celestes. Eles simplesmente não podiam compreender como era possível que uma personalidade tão deslumbrante errasse.
Não há muito tempo, ao descrever as experiências ligadas ao começo da rebelião de Lúcifer, Manotia disse: “Mas o meu momento mais embriagante foi a aventura emocionante ligada à rebelião de Lúcifer, quando, como segundo comandante seráfico, eu me recusei a participar do projeto de insultar Michael; e os poderosos rebeldes procuraram destruir-me por intermédio das forças de ligação que haviam formado. Houve um tremendo levante em Jerusém, mas nenhum serafim leal sofreu danos.
"Quando aconteceu que o meu superior imediato entrou em falta, a responsabilidade de assumir o comando das hostes angélicas de Jerusém recaiu sobre mim, na qualidade de diretor titular dos confusos assuntos seráficos do sistema. Apoiado moralmente pelos Melquisedeques, assistido habilmente por uma maioria de Filhos Materiais, fui desertado por um enorme grupo da minha própria ordem, tendo sido porém magnificamente apoiado pelos mortais ascendentes em Jerusém.
"Tendo sido automaticamente excluídos dos circuitos da constelação, por causa da secessão de Lúcifer, ficamos dependentes da lealdade do nosso corpo de informação, que, a partir do sistema vizinho de Rantúlia, transmitia os chamados de ajuda a Edêntia; e verificamos que o reino da ordem, o intelecto da lealdade e o espíritoda verdade achavam-se inerentemente triunfantes sobre a rebelião, a afirmação do ego e a chamada liberdade pessoal; pudemos então prosseguir até a chegada do novo Soberano do Sistema, o digno sucessor de Lúcifer. Imediatamente depois, fui designado para o corpo de administradores provisórios Melquisedeques de Urântia. E eu assumi a jurisdição sobre as ordens seráficas leais, no mundo do traidor Caligástia, o qual havia proclamado a sua esfera como membro do recém-projetado sistema de ‘mundos liberados e de personalidades emancipadas’, proposto na infame Declaração de Liberdade, emitida por Lúcifer no seu apelo às ‘inteligências amantes da liberdade, do livre pensamento e orientadas para o porvir dos mal administrados e mal governados mundos de Satânia’”.
Esse anjo, Manótia, ainda está a serviço em Urântia, na função de comandante associado dos serafins.
7. A HISTÓRIA DA REBELIÃO
A rebelião de Lúcifer teve como âmbito todo o sistema. Trinta e sete Príncipes Planetários em secessão levaram as administrações dos seus mundos para o lado dos líderes rebeldes. Apenas em Panóptia, o Príncipe Planetário fracassou ao tentar levar o seu povo com ele. Nesse mundo, sob a liderança dos Melquisedeques, o povo congregou-se em apoio a Michael. Elanora, uma jovem mulher daquele reino mortal, tomou a liderança das raças humanas nas próprias mãos e nem uma única alma daquele mundo transtornado alistou-se sob a bandeira de Lúcifer. E, desde então, esses leais Panoptianos têm servido no sétimo mundo de transição de Jerusém, como cuidadores e construtores na esfera do Pai e nos sete mundos de detenção que o circundam. Os Panoptianos além de atuar como custódios literais desses mundos, também executam as ordens pessoais de Michael ligadas à ornamentação dessas esferas para algum uso futuro desconhecido. Eles fazem esse trabalho enquanto permanecem ali, a caminho de Edêntia.
Ao longo desse período, Caligástia advogava a causa de Lúcifer, em Urântia. Os Melquisedeques opuseram-se habilmente ao Príncipe Planetário apóstata, mas os sofismas de uma liberdade sem limites e as ilusões da auto-afirmação tiveram todas as oportunidades para enganar os povos primitivos de um mundo jovem e sem desenvolvimento.
Toda a propaganda da secessão teve de ser feita por meio do esforço pessoal, porque o serviço de transmissão e todas as outras vias de comunicação interplanetária foram suspensos pela ação dos supervisores dos circuitos do sistema. No momento da eclosão da insurreição, todo o sistema de Satânia ficou isolado, tanto dos circuitos da constelação, quanto dos circuitos do universo. Durante esse tempo, todas as mensagens que chegavam e que saíam eram despachadas por agentes seráficos e Mensageiros Solitários. Os circuitos para os mundos caídos também foram cortados, de modo que Lúcifer não pudesse utilizar essa via para fomentar o seu esquema nefando. E esses circuitos não serão restaurados enquanto o rebelde supremo viver dentro dos confins de Satânia.
Essa foi uma rebelião Lanonandeque. As ordens mais elevadas de filiação do universo local não se ligaram à secessão de Lúcifer, se bem que uns poucos Portadores da Vida estacionados nos planetas rebeldes hajam sido um pouco influenciados pela rebelião dos príncipes desleais. Nenhum dos Filhos Trinitarizados transviou-se. Todos os Melquisedeques, os arcanjos e os Brilhantes Estrelas Vespertinos permaneceram leais a Michael e, com Gabriel, valentemente combateram pela vontade do Pai e pelo governo do Filho.
Nenhum ser originário do Paraíso esteve envolvido em deslealdades. Junto com os Mensageiros Solitários, eles tomaram as sedes centrais do mundo do Espírito, as quais permaneceram sob a liderança dos Fiéis dos Dias de Edêntia. Nenhum dos conciliadores cometeu apostasia, nem um só dos Registradores Celestes transviou-se. Contudo houve grandes perdas entre os Companheiros Moronciais e os Educadores dos Mundos das Mansões.
Da ordem suprema dos serafins, nem um anjo foi perdido, mas um grupo considerável da próxima ordem, a superior, foi enganado e caiu na armadilha. Do mesmo modo, desviaram-se uns poucos da terceira ordem de anjos, a dos supervisores. O colapso mais terrível, contudo, produziu-se no quarto grupo, o dos anjos administradores, ou seja, o dos serafins que são designados normalmente para os deveres das capitais dos sistemas. Manotia salvou quase dois terços deles, mas um pouco mais que um terço seguiu os chefes, indo para as fileiras rebeldes. Um terço de todos os querubins de Jerusém, ligado aos anjos administradores, foi perdido junto com os seus serafins desleais.
Dos ajudantes planetários angélicos, designados para os Filhos Materiais, cerca de um terço foi enganado, e quase dez por cento dos ministros de transição caíram na armadilha. João viu isso simbolicamente quando escreveu sobre o grande dragão vermelho, dizendo: “E a sua cauda atraiu uma terça parte das estrelas do céu e jogou-as na obscuridade”.
A maior perda ocorreu nas fileiras angélicas, e a maior parte das ordens inferiores de inteligência envolveu-se na deslealdade. Dos 681 217 Filhos Materiais perdidos em Satânia, noventa e cinco por cento foram vítimas da rebelião de Lúcifer. Um grande número de criaturas intermediárias perdeu-se nos planetas individuais cujos Príncipes Planetários uniram-se à causa de Lúcifer.
Sob muitos aspectos, essa rebelião foi a de maior magnitude e a mais desastrosa de todas as ocorrências semelhantes, em Nebadon. Mais personalidades estiveram envolvidas nessa insurreição do que em ambas as outras. E foi para a sua eterna desonra que os emissários de Lúcifer e Satã não pouparam as escolas de educação infantil no planeta cultural finalitor, procurando corromper logo essas mentes em evolução, misericordiosamente salvas dos mundos evolucionários.
Os mortais ascendentes, mesmo sendo vulneráveis, resistiram aos sofismas da rebelião, com mais facilidade do que os espíritos menos elevados. Conquanto hajam caído, nos mundos mais baixos das mansões, muitos mortais que ainda não haviam alcançado a fusão final com os seus Ajustadores, ficou registrado, para a glória da sabedoria do esquema de ascensão, que nem um membro sequer, com cidadania ascendente em Satânia e residente em Jerusém, participou da rebelião de Lúcifer.
Hora após hora e dia após dia, as estações de transmissão de todo o Nebadon estavam repletas de observadores ansiosos, de todas as classes imagináveis de inteligências celestes, que examinavam avidamente os boletins da rebelião de Satânia e rejubilavam-se quando os relatos narravam continuamente sobre a lealdade inflexível dos mortais ascendentes, que, sob a liderança dos Melquisedeques, resistiram com êxito aos esforços combinados e prolongados de todas as forças sutis do mal, as quais tão rapidamente se haviam congregado em torno das bandeiras da secessão e do pecado.
Decorreram mais de dois anos, do tempo do sistema, desde o começo da “guerra nos céus” até a instalação do sucessor de Lúcifer. E afinal veio o novo soberano, aterrissando no mar de cristal com os seus assistentes. Eu estava entre as reservas mobilizadas, em Edêntia, por Gabriel; e bem me lembro da primeira mensagem de Lanaforge ao Pai da Constelação de Norlatiadeque. Dizia: “Não se perdeu um único cidadão de Jerusém. Todos os mortais ascendentes sobreviveram à dura prova e emergiramtriunfantes e vitoriosos do teste crucial”. E uma mensagem chegou em Salvington, em Uversa e no Paraíso, transmitindo a certeza de que a experiência de sobreviver, na ascensão mortal, é a maior proteção contra a rebelião e a salvaguarda mais segura contra o pecado. Esse nobre grupo somava exatamente 187 432 811 mortais fiéis.
Com a chegada de Lanaforge, os líderes rebeldes foram destronados e afastados de todos os poderes governantes, embora se lhes tenha sido permitido transitar livremente em Jerusém, nas esferas moronciais e mesmo nos mundos individuais habitados. Eles continuaram com os seus esforços sedutores e enganadores, confundindo e desorientando as mentes de homens e anjos. Mas, no que concernia ao seu trabalho no monte administrativo de Jerusém, “não houve mais lugar para eles”.
Embora Lúcifer haja sido despojado de toda autoridade administrativa em Satânia, não existia então, no universo local, nenhum poder, nem tribunal que pudesse deter ou destruir esse rebelde perverso; naquela época, Michael não era um governante soberano. Os Anciães dos Dias apoiaram os Pais da Constelação, na sua tomada do governo do sistema, mas eles nunca baixaram nenhuma medida subseqüente, nas muitas apelações, ainda pendentes, com respeito ao status atual e à sorte futura de Lúcifer, de Satã e dos seus parceiros.
Assim, pois, foi permitido a esses rebeldes supremos perambularem pelo sistema inteiro, a fim de buscar maior penetração para as suas doutrinas de descontentamento e de auto-afirmação. Todavia, durante quase duzentos mil anos do tempo de Urântia, eles não foram capazes de enganar nenhum outro mundo mais. Nenhum outro dos mundos de Satânia foi perdido, desde a queda dos trinta e sete, nem mesmo aqueles mundos mais jovens povoados desde os dias da rebelião.
8. O FILHO DO HOMEM EM URÂNTIA
Lúcifer e Satã perambularam livremente pelo sistema de Satânia, até que se completou a missão de auto-outorga de Michael em Urântia. Estiveram no vosso mundo juntos, e, pela última vez durante a época da investida combinada que praticaram contra o Filho do Homem.
Antes, quando os Príncipes Planetários, os “Filhos de Deus”, reuniam-se periodicamente, “Satã também se juntava a eles”, reivindicando ser ele quem representava todos os mundos isolados dos Príncipes Planetários caídos. Contudo não lhe foi mais permitida essa liberdade em Jerusém, desde a auto-outorga terminal de Michael. Depois do esforço deles de corromper Michael quando encarnado em auto-outorga, toda a compaixão por Lúcifer e Satã esvaiu-se em toda a Satânia, isto é, fora dos mundos isolados em pecado.
A auto-outorga de Michael pôs fim à rebelião de Lúcifer, em toda a Satânia, com exceção dos planetas dos Príncipes Planetários apóstatas. E é este o significado, na experiência pessoal de Jesus, pouco antes da sua morte na carne, quando um dia ele exclamou para os seus discípulos: “E eu contemplo Satã caindo do céu como um raio”. Ele tinha vindo, com Lúcifer, até Urântia, para a última luta crucial.
O Filho do Homem estava confiante no êxito e sabia que o seu triunfo, no vosso mundo, estabeleceria para sempre o status desses inimigos de toda uma era, não apenas em Satânia, mas também nos outros dois sistemas, onde o pecado havia entrado. A sobrevivência, para os mortais, e a segurança, para os anjos, foram afirmadas quando o vosso Mestre, em resposta às propostas de Lúcifer, calmamente e com a certeza divina, respondeu: “Vai retro, Satã”. Esse foi, em princípio, o fim real da rebelião de Lúcifer. É bem verdade que os tribunais de Uversa ainda não emitiram a sentença executiva a respeito do apelo de Gabriel, suplicando pela destruição dos rebeldes, mas esse decreto irá, sem dúvida, ser emitido com o completar do tempo, pois que o primeiro passo na audiência desse caso já foi dado.
Caligástia foi reconhecido, pelo Filho do Homem, como sendo tecnicamente o Príncipe de Urântia, até perto da época da morte de Jesus. Disse Jesus: “Agora é o juízo deste mundo; agora o príncipe deste mundo será deposto”. E então, ainda mais perto de completar o trabalho da sua vida, ele anunciou: “O Príncipe deste mundo está julgado”. E é este mesmo Príncipe destronado e desacreditado que certa vez foi chamado de “Deus de Urântia”.
O último ato de Michael antes de deixar Urântia foi o de oferecer misericórdia a Caligástia e a Daligástia, mas eles desdenharam essa oferta afetuosa. Caligástia, o vosso Príncipe Planetário apóstata, ainda está em Urântia, livre para continuar os seus desígnios nefandos, mas não tem absolutamente nenhum poder para entrar nas mentes dos homens, nem pode aproximar-se das suas almas para tentá-las ou corrompê-las, a menos que elas realmente desejem ser amaldiçoadas pela sua presença perversa.
Antes da auto-outorga de Michael, esses governantes das trevas procuraram manter a sua autoridade em Urântia, e obstinadamente resistiram às personalidades celestes menores e subordinadas. Todavia, desde o dia de Pentecostes, esses traidores, Caligástia e seu igualmente desprezível parceiro, Daligástia, passaram a ser servis diante da majestade divina dos Ajustadores do Pensamento do Paraíso e diante do Espírito da Verdade protetor, o espírito de Michael que foi efusionado em toda a carne.
Mesmo assim, porém, nunca espírito caído algum teve o poder de invadir as mentes ou de acossar as almas dos filhos de Deus. Nem Satã, nem Caligástia não poderiam nunca tocar, nem se aproximar dos filhos de Deus pela fé; a fé é uma armadura eficaz contra o pecado e a iniqüidade. É verdade que: “Aquele que nasceu de Deus, guarda-se, e o maligno não toca nele”.
Em geral, quando se supõe que os mortais fracos e dissolutos estão sob a influência de diabos e demônios, eles estão meramente sendo dominados pelas suas próprias tendências vis inerentes, sendo transviados pelas suas próprias propensões naturais. Ao diabo tem sido dada uma grande quantidade de crédito, por um mal que não pertence a ele. Caligástia tem sido relativamente impotente, desde a cruz de Cristo.
9. O STATUS ATUAL DA REBELIÃO
Nos primeiros dias da rebelião de Lúcifer, a salvação foi oferecida a todos os rebeldes, por Michael. A todos aqueles que dessem prova de arrependimento sincero, ele ofereceu o perdão, quando chegasse a alcançar a sua soberania completa no universo, e o restabelecimento em alguma forma de serviço no universo. Nenhum dos líderes aceitou essa oferta misericordiosa. Mas milhares de anjos e ordens inferiores de seres celestes, incluindo centenas de Filhos e Filhas Materiais, aceitaram a misericórdia proclamada pelos Panoptianos e lhes foi dada a reabilitação na época da ressurreição de Jesus, há cerca de mil e novecentos anos. Esses seres, desde então, foram transferidos para o mundo do Pai, em Jerusém, onde devem ser mantidos, tecnicamente, até as cortes de Uversa baixarem uma decisão sobre o caso de Gabriel versus Lúcifer. Contudo, ninguém duvida de que, quando o veredicto da aniquilação for emitido, essas personalidades arrependidas e salvas ficarão eximidas do decreto de extinção. Tais almas, em provação, trabalham agora com os Panoptianos na tarefa de cuidar do mundo do Pai. O arquifarsante nunca mais esteve em Urântia, depois dos dias em que tentou desviar Michael do propósito de completar a auto-outorga e de estabelecer a si próprio, final e seguramente, como o governante irrestrito de Nebadon. Quando Michael tornou-se o soberano estabelecido do universo de Nebadon, Lúcifer foi levado em custódia pelos agentes dos Anciães dos Dias de Uversa e, desde então, tem estado prisioneiro, no satélite de número um, do grupo do Pai, nas esferas de transição de Jerusém. E, ali, os governantes de outros mundos e sistemas podem contemplar o fim do infiel Soberano de Satânia. Paulo sabia do status desses líderes rebeldes, depois da auto-outorga de Michael, pois escreveu sobre os chefes de Caligástia como as “hostes espirituais da maldade, nas regiões celestes”.
Michael, ao assumir a soberania suprema de Nebadon, solicitou aos Anciães dos Dias a autoridade para internar todas as personalidades que participaram da rebelião de Lúcifer, até serem emitidas as sentenças dos tribunais do superuniverso para o caso Gabriel versus Lúcifer, assentado nos registros da suprema corte de Uversa há quase duzentos mil anos, na medida de tempo adotada por vós. A respeito do grupo da capital do sistema, os Anciães dos Dias concederam o pedido de Michael, mas com uma única exceção: a Satã foi permitido fazer visitas periódicas aos príncipes apóstatas nos mundos caídos, até um outro Filho de Deus ser aceito por esses mundos apóstatas, ou até o tempo em que as cortes de Uversa comecem o julgamento do caso de Gabriel versus Lúcifer.
Satã podia vir a Urântia, porque vós não tínheis nenhum Filho de categoria com residência aqui – nem Príncipe Planetário, nem Filho Material. Machiventa Melquisedeque, desde então, foi proclamado Príncipe Planetário vice-regente de Urântia, e a abertura do caso Gabriel versus Lúcifer assinalou a inauguração de regimes planetários temporários, em todos os mundos isolados. É verdade que Satã visitou periodicamente Caligástia e outros dos príncipes caídos, exatamente até o momento da apresentação dessas revelações, quando aconteceu a primeira das audiências solicitadas por Gabriel para o aniquilamento dos líderes rebeldes. Satã, no entanto, está agora incondicionalmente detido nos mundos de prisão de Jerusém.
Desde a auto-outorga final de Michael, ninguém, em todo o Satânia, desejou ir aos mundos de prisão para ministrar aos rebeldes internados. E nenhum outro ser foi conquistado pela causa dos enganadores. Por mil e novecentos anos, tal status não sofreu alteração.
Nós não antecipamos uma eliminação das restrições atuais em Satânia, antes que os Anciães dos Dias hajam tomado uma decisão final sobre os líderes rebeldes. Os circuitos do sistema não serão reinstalados enquanto Lúcifer estiver vivo. Nesse meio tempo, ele está totalmente inativo.
A rebelião terminou em Jerusém. Ela cessa, nos mundos caídos, tão logo os Filhos divinos cheguem até eles. Acreditamos que todos os rebeldes que algum dia iriam aceitar a misericórdia já o fizeram. Aguardamos pela teletransmissão que, em um clarão de relâmpago, irá privar esses traidores da existência da sua personalidade. Antecipamos que o veredicto de Uversa, a ser anunciado nessa transmissão, indicará a ordem de execução que irá efetivar a aniquilação desses rebeldes aprisionados. E então vós ireis procurá-los nos lugares deles, mas eles não serão encontrados. “E aqueles que vos conhecem, entre os mundos, espantar-se-ão convosco; vós fostes um terror, mas nunca mais o sereis novamente”. E assim todos esses traidores indignos “serão como se nunca tivessem existido”. Todos aguardam o decreto de Uversa.
Contudo, durante idades, os sete mundos de prisão, de escuridão espiritual em Satânia, constituíram um solene aviso para todo o Nebadon, proclamando eloqüente e efetivamente a grande verdade “de que o caminho do transgressor é duro”;

O Livro de Urântia

O Livro de Urântia é uma obra literária, composta por 197 documentos escritos em Inglês arcaico, traduzido recentemente para mais idiomas e que serve como base ideológica de alguns movimentos religiósos e filosóficos.
Alguns leitores acreditam que ele contém uma síntese do trabalho de mais de 1000 autores que escreveram nos campos da
ciência, religião, história, sociologia e teologia desde o final do século XIX até a metade do século XX.
O livro diz-se compilado por um corpo de seres supra-humanos como assistentes editoriais, o texto fornece uma surpreendente perspectiva das origens, história e destino humanos, constituindo um grupo de revelações para a
humanidade.
A identidade dos narradores do livro é desconhecida e nunca foi reclamada, existindo por este motivo muitas teorias a respeito da sua edição e autenticidade.
Embora seja uma fonte de inspiração e conhecimento para muitos líderes religiosos e instituições estabelecidas, religiosas ou não, não surgiu até hoje religião formal de seus ensinamentos. Grupos de estudo, fundações, sociedades, continuam surgindo, pois o livro é uma inspiração a debates para todos aqueles que tomam conhecimento de seu conteúdo.
Estrutura do livro
O livro Urantia possui 2097 páginas e divide-se em 4 partes, a saber:
Prólogo - apresenta-se como guia para as palavras e conceitos religiosos e filosóficos presentes ao longo da obra.
Parte I - O Universo Central e os Superuniversos
Parte II - O Universo Local
Parte III - A História de Urântia
Parte IV - A Vida e os Ensinamentos de Jesus
Parte I
São 31 capítulos que descrevem a natureza da realidade Suprema e a organização astronômica-cosmológica do universo. A Trindade do Paraíso junto com a Ilha do Paraíso - o centro material e gravitacional do universo - descrita como fonte de toda energia, matéria, vida e personalidade. Um universo de hierarquia organizada, evoluindo como um processo relativo à Trindade do Paraíso. O conjunto da criação é descrito como incluindo milhões de planetas habitados em todas as etapas de evolução biológica, intelectual, social e espiritual.

Parte II
São 25 capítulos que comentam a respeito do nosso Universo Local. Fala da história da matéria, da energia, constelações, dos Espíritos Ministrantes do universo local, das Hostes Seráficas, da rebelião de Lúcifer, dos problemas da rebelião, das esferas de Luz e de Vida e do crescimento do homem alcançado através de sua lealdade a Deus e do serviço abnegado aos nossos semelhantes. O plano divino para a criação, o desenvolvimento e o governo dos universos locais.
Parte III
Trata da História de Urântia, o planeta terra, que há 1 bilhão de anos atingiu o seu tamanho atual em um universo local chamado Nebadon. São 63 capítulos que compreendem a história do desenvolvimento geológico, do estabelecimento da vida, estabelecendo o palco para a história do homem, das civilizações, governos e instituições. Nessa parte é também discutido o conceito de Trindade. O desenvolvimento da civilização, da cultura, do governo, da religião, da família e de outras instituições sociais é descrito a partir do ponto de vista dos observadores supra-humanos. A história é contada de tal maneira que os arquétipos subjacentes à civilização religiosa humana ganham nova vida, fortalecendo as fundações sobre as quais um maior desenvolvimento cultural pode ocorrer. Uma descrição do destino humano, incluindo uma descrição dos mundos que habitaremos imediatamente após a morte.
Parte IV
Os 77 capítulos, mais de 700 páginas, que ocupam um terço do livro, relatam a vida de Jesus Cristo desde sua infância. Dão 16 vezes mais informações sobre a vida e os ensinamentos de Jesus do que a Bíblia. É o relato mais espiritual sobre Jesus até hoje escrito. Os três primeiros capítulos dão uma introdução, com profundidade literária, e o clímax do livro Urantia é atingido nessa última parte com preceitos, da vida e dos exemplos do Mestre. Esta parte do livro é vista como uma nova Revelação, uma nova face descrita de maneira tocante, de um Deus feito Homem, que em um exemplo de Amor, e Caridade, sem dogmas, mostra à humanidade o caminho da evolução individual, o caminho até Deus.
A fonte
O Livro de Urântia é composto por 197 documentos, que se diz terem sido entregues entre 1928 e 1934 a um grupo de 70 pessoas, em Chicago, Illinois. Os autores que escreveram esses documentos tem seus nomes indicados no livro, junto com seus respectivos escritos. Os seres humanos aos quais os escritos foram supostamente entregues em mãos já faleceram e o modo pelo qual os escritos foram escritos ainda não foi plenamente explicado, pelos adeptos da doutrina, e dificilmente o será.
Descrição das revelações
Há uma explicação dentro de suas próprias páginas sobre sua origem e de como foi entregue aos seres humanos esses documentos, que constituem a Quinta Revelação de Urantia. Diz-se que foram autorizados por autoridades da alta Deidade e escritos por numerosas personalidades supra-mortais. É chamada de "A Quinta Revelação de Época", pois houve outras quatro grandes revelações no planeta. São Elas:
Dalamátia - O livro descreve com pormenor a chegada e o estabelecimento de um Príncipe Planetário em Urantia. Nesta altura fundou-se a cidade-modelo - Dalamátia - e suas escolas começaram a revelar ao mundo a verdade sobre o Pai Universal - Um Deus Único. Foi a primeira revelação organizada da verdade, há cerca de 500 mil anos atrás.
Adão e Eva - Adão e Eva chegaram ao nosso mundo há quase 38 mil anos, e se estabeleceram no Jardim do Éden. Os ensinamentos de Adão Eva constituem a segunda revelação do Pai Universal às raças humanas.
Melquisedeque - Maquiventa, um Filho da Ordem dos Melquisedeques, geralmente conhecidos como filhos emergenciais, que aceitou a missão de vir a esse mundo, pois a verdade outrora revelada estava ameaçada de extinção. Maquiventa auto-outorgou-se nesse mundo no ano de 1973 a.C. durante o tempo de Abraão, onde era chamado de Melquisedeque o sábio de Salém. Ele fez renascer na mente humana o conceito de Deus-Pai Único, Criador e Sustentador de todas as coisas.
Jesus de Nazaré - O Filho Criador do nosso universo local, nasceu em Belém no ano 7 a.C.. Viveu como um modelo para todos nós, dando o exemplo de vida, até chegar a sua hora de revelar ao mundo a grande verdade de que todos somos filhos de um único Pai, sem distinção de raça, cor, credo ou condição físico-social. Essa foi a quarta revelação da verdade em nosso mundo.

Abaddon - O destruidor

Abaddon é um termo hebraico que tem o significado de “destruição”. Na Bíblia, figura no Livro de Jó (26,6) e no Livro do Apocalipse (9, 11).


Livro de Urantia:
De acordo com O Livro de Urantia no Documento 53 Abaddon é o Chefe do séquito do Príncipe planetário Caligástia. Abaddon escolheu seguir Caligástia e se unir à rebelião na época do ocorrido, há aproximadamente 200 mil anos.

Abaddon - O destruidor

Abaddon é um termo hebraico que tem o significado de “destruição”. Na Bíblia, figura no Livro de Jó (26,6) e no Livro do Apocalipse (9, 11).

Livro de Urantia:
De acordo com O Livro de Urantia no Documento 53 Abaddon é o Chefe do séquito do Príncipe planetário Caligástia. Abaddon escolheu seguir Caligástia e se unir à rebelião na época do ocorrido, há aproximadamente 200 mil anos.

Lilith (Parte 02)


Lilith (לילית em hebraico) é conhecida como um demônio feminino da noite que originou na antiga Mesopotâmia. Lilith era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e mesmo da morte.
A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas na
Suméria por volta de 3000 A.E.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith por volta de 700 A.E.C.[1]
Talvez dada a sua longa associação à
noite, surge sem quaisquer precedentes a denominação screech owl, ou seja, como coruja, na famosa tradução inglesa da bíblia, na Bíblia KJV ou King James Version. Alí está escrito, em Isaías 34:14 que ... the screech owl also shall rest there. É preciso salientar, comparativamente, que na renomada versão em língua portuguesa da bíblia, isto é, na tradução de João Ferreira de Almeida, esta passagem relata que ... os animais noturnos ali pousarão, não havendo menção da coruja, como é freqüentemente, muito embora errôneamente, citado no Brasil (trando-se de um claro exemplo da forte influência da cultura anglo-saxã no mundo lusófono atual).
Lilith figura como um demônio da noite nas escrituras hebraicas (
Talmud e Midrash). Lilith é também referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa, vindo a tornar-se a mãe dos demônios. De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusou-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal.
Pensa-se que o Relevo Burney (ver alusões à coruja na reprodução do Relêvo de Burney, nesta página), um relevo sumério, represente Lilith; muitos acreditam também que há uma relação entre Lilith e
Inanna, deusa suméria da guerra e do prazer sexual.
Contam algumas histórias que ela é também chamada de "A mulher escarlate", um demônio que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças,
Cérbero.
No fictício
Livro de Nod, é também conhecida como Deusa da Lua, aquela que ensina Caim, a que é tão antiga quanto o proprio Deus criador do céu e da terra.
Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma remarcável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na
literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilithy (ver a reprodução do quadro Lilith de John Collier, pintada em 1892), e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos, em um contraste radical à sua tradicional imagem demoníaca, noturna, devoradora de crianças, causadora pragas, depravação, homossexualidade e vampirismo (ver texto gnóstico na seção de links externos). Podendo ser citados também os nomes de Johann Wolfgang von Goethe, John Keats, Robert Browning, Dante Gabriel Rossetti, John Collier, etc...

Outras palavras da ávore geneológica do Cabala

Netzach - Vitória
Netzach se situa abaixo de Chesed. É a vitória. Existe a vontade de reciprocidade, a busca pelo próximo e a superação dos próprios limites, propagando o pensamento eterno. Funciona como o princípio fertilizador do espermatozóide masculino.
Hod - Esplendor
Hod se situa abaixo de Geburah. É o esplendor. É um canal de aprimoramento interno, de identificação com próximo, sendo uma forma de aceitação do pensamento, de reconhecimento. Funciona como o princípio receptivo do óvulo feminino.

Yesod - Fundamento
Yesod se situa abaixo e entre Netzach e Hod. É o fundamento. Funciona como um reservatório onde todas as inteligências emanam seus atributos que são misturados, equilibrados e preparados para a revelação material. É compilação das oito emanações.

Malkuth - Reino

Malkuth se situa na posição central inferior da árvore. É o reino. Representa o mundo físico, onde é revelado o material compilado das oito emanações. É o canal da manifestação, desejando a recepção das sephiroth. É a distância de Kether que provoca esse desejo, criando a sensação de falta.

Daath - Conhecimento

Daath se situa acima e entre Chokmah e Binah. É o conhecimento. Representa uma falsa sephirah porque não é uma emanação independente como as outras dez. Ela depende de Chokmah e Binah. Também é considerada como a imagem de Tipareth. É o abismo, o caos aleatório do pensamento.

Kether,Chokmah,Binah,Chesed,Geburah,Tipareth

Kether se situa na posição central superior da árvore. É a coroa. É o potencial puro das manifestações que acontecem nas outras dimensões. Representa a própria essência, atemporal e livre. É a gênese de todas as emanações canalizadas pelas outras sephiroth.
Chokmah se situa no topo da coluna direita. É a sabedoria. É o salto quântico da intuição, que deriva as manifestações artísticas. Analogamente, é o lado direito do cérebro, onde flui a criatividade e o mundo das idéias. Possui energia do fogo, associada à masculinidade e também representa o passado. Também representa a fé nos melhores dias para a humanidade.
Binah se situa no topo da coluna esquerda. É o entendimento. É a lógica que dá definição à inspiração e energia ao movimento. Analogamente, é o lado esquerdo do cérebro, onde funciona a razão, organizando o pensamento em algo concreto. Possui a energia da água associada à femilinidade e também representa o futuro.
Chesed se situa abaixo de Chokmah. É a misericórdia. Representa o desejo de compartilhar incondicionalmente. Representa a vontade de doar tudo de si mesmo e a generosidade sem preconceitos, a extrema compaixão.
Geburah se situa abaixo de Binah. É o julgamento. Representa o desejo de contenção e de questionador de impulsos. Canaliza sua energia por meio de objetivos, com o intuito de superar obstáculos e transformar a própria natureza.
Tipareth se situa abaixo e entre Chesed e Geburah. É a beleza. Junto com Chesed e Geburah forma a tríade superior Maguen David, criando harmonia. Transforma em beleza Chokmah, Binah e Kether. A sabedoria e o entendimento, com a luz do conhecimento.

Árvore da Vida (Cabala)

A árvore da vida é um conceito cabalístico. Ela é formada pelas dez emanações de Ain Soph, chamadas Sephiroth. A essência de todas as Sephiroth é a mesma, mas cada uma possui uma propriedade particular. A essência é universal, o que muda é a emanação de cada Sephirah. Segundo a cabala, a síntese da árvore da vida é Adam Kadmon, o Homem Arquetípico.
Essas emanações se manifestam em quatro diferentes planos, interconectando as dez sephiroth em camadas cada vez mais densas.
Atziluth o Mundo das Emanações - Kether Chokmah Binah
Beriah o Mundo das Criações - Chesed Geburah Tipareth
Yetzirah o Mundo das Formações - Netzach Hod Yesod
Asiyah o Mundo das Ações - Malkuth
As três sephiroth superiores formam um mundo abstrato e representam o estado potencial. As seis sephiroth interiores se agrupam em uma dimensão conhecida por Zeir Anpin, formando o elo entre o abstrato e a matéria. Estão firmemente interconectadas entre si. A última sephirah inferior é a representação do nível material.
No pilar esquerdo da árvore rege o princípio feminino. No pilar direito da árvore rege o princípio masculino. No pilar central da árvore existe a ligação entre os dois princípios.
O topo da árvore representa o bem e a base o mal.